Uma empresa norte-americana está a desenvolver um novo tipo de tratamento capaz de retardar a menopausa.
A Oviva Therapeutics, uma empresa farmacêutica sediada nos Estados Unidos, está a trabalhar numa injeção destinada a permitir a todas as mulheres possam escolher quando – ou se – passarão pela menopausa.
No fundo, em vez de esperar pela menopausa, a startup norte-americana propõe que as mulheres tomem uma injeção a cada poucos meses para evitar as mudanças corporais relacionadas com a menopausa.
A injeção contém uma hormona sintética, semelhante à anti-Mulleriana (HAM), explica a bióloga celular e molecular e fundadora da empresa, Daisy Robinton, em entrevista durante a conferência Livelong Summit, na Flórida.
Esta hormona, relacionada com a produção das células reprodutivas, começa a diminuir a partir dos 25 anos de idade e elimina-se por completo por volta dos 45, altura em que as mulheres habitualmente sentem os primeiros sintomas da menopausa.
“O trabalho que estamos a fazer na Oviva Therapeutics considera os ovários fundamentais para a nossa saúde e bem-estar”, disse em declarações ao Pharmacy Times.
“Além disso, tem o objetivo de poder preservar a função ovariana por um período maior de tempo para que possamos aumentar o período de saúde da mulher e fazer da menopausa algo que pode ser opcional através de intervenção terapêutica”, acrescenta Robinton.
A segurança pode ser uma preocupação desta abordagem. Estudos anteriores que se debruçaram sobre a análise de injeções de estrogénio como forma de terapia de reposição hormonal para tratar os sintomas da menopausa concluíram que estavam associadas a um risco aumentado de desenvolvimento de cancro.
Além disso, salienta a bióloga, o tratamento ainda se encontra em fase de testes com cobaias, estando pendente a realização de ensaios em humanos.
Mas independentemente destas preocupações, a verdade é que este tratamento apresenta uma visão promissora de um futuro onde seremos capazes de ter mais controlo sobre os nossos corpos.