Tribunais dizem-se incompetentes para julgar processo entre YouTubers Hugo Strada, Wuant e João Sousa

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Em causa está um processo de difamação aberto por Hugo Strada contra Wuant e João Sousa, que acusaram Strada de ser pedófilo.

O conflito entre os YouTubers João Sousa e Paulo Borges (conhecido como Wuant) e Hugo Ferreira (conhecido como Hugo Strada) está a causar problemas na justiça. Os juízos criminais local e central de Loures não conseguem entender quem é que deve julgar o caso, já que Hugo Strada acusou Wuant e João Sousa de difamação.

O processo remonta a 2019, quando o Ministério Público abriu um inquérito-crime a Hugo Strada devido aos seus comportamentos com jovens membros da Team Strada, havendo acusações de extorsão, de burla e de aproveitamento de menores.

A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens recebeu várias queixas, que foram encaminhadas para a Procuradoria-Geral da República. O YouTube encerrou o canal da Team Strada e vários patrocinadores cancelaram as campanhas publicitárias com Hugo Strada. O inquérito foi arquivado em maio de 2021, relata o JN.

Wuant e João Sousa comentaram a polémica na altura, acusando Hugo Strada de ser pedófilo em vídeos e publicações nas redes sociais. Hugo Strada decidiu processá-los e o Ministério Público aderiu à acusação, estando em causa sete crimes de difamação, com publicidade e calúnia, e ainda um pedido de indemnização de 58 800 euros pelos danos causados à imagem e reputação.

No processo, um dos arguidos pediu a abertura de instrução para evitar ir a julgamento, mas a acusação foi confirmada e o processo foi entregue ao Juízo Local Criminal de Loures.

No entanto, o Juízo considerou-se incompetente para julgar o caso dado que o número de crimes leva a que as penas possivelmente aplicadas possam ultrapassar os cinco anos de prisão. Assim, o processo foi distribuído ao Juízo Central Criminal,

Mas o Juízo Central Criminal também se declarou incompetente para julgar este processo, dado que o MP pediu na acusação que os arguidos não recebessem penas superiores a cinco anos. O Tribunal da Relação de Lisboa tem agora de resolver este conflito negativo de competência.

ZAP //

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