Testes da vacina da Sanofi-GSK mostram eficácia do composto

Joel Saget / AFP

Vacina contra a covid-19 da Sanofi-GSK

Os testes preliminares da vacina contra a covid-19 da Sanofi e GalxoDmithKline demonstraram eficácia nos grupos de adultos inoculados pelos cientistas responsáveis pela Fase 2 do processo.

Após as duas doses da vacina, os testes realizados nos voluntários mostram anticorpos na mesma linha das pessoas que recuperaram da doença, de acordo com os resultados da Fase 2 divulgados esta segunda-feira.

Os fabricantes preveem iniciar os últimos ensaios nas próximas semanas e esperam que a vacina seja aprovada antes do final do ano.

Os resultados referentes à Fase 2 envolveram 722 voluntários com idades entre os 18 e os 95 anos recrutados nos Estados Unidos e nas Honduras.

A fase final dos ensaios vai envolver 37 mil participantes de países de todo o mundo.

Os reguladores já autorizaram uma série de vacinas contra a covid-19, mas os especialistas aconselham mais investigação capaz de dotar os sistemas de saúde em todo o mundo de novos compostos necessários para enfrentar a crise sanitária que já provocou a morte a mais de três milhões de pessoas, a nível global.

A vacina Sanofi-GSK faz parte da estratégia de vacinação da União Europeia e pode vir a ser adotada pelo governo francês caso os investigadores reformulem o composto que anteriormente mostrou falta de eficácia nos grupos de pessoas idosas.

A Sanofi-GSK pode juntar-se, depois de todos dos ensaios, e em caso de vir a ser aprovada, a dezenas de outros compostos que também estão a ser investigados noutros laboratórios.

As companhias pretendem produzir mil milhões de doses anualmente e já assinaram acordos com vários países, nomeadamente com os Estados Unidos e o Canadá.

Especialistas em saúde pública dizem que são necessárias várias vacinas para enfrentar a pandemia de SARS CoV-2.

“Nós sabemos que são precisas muitas vacinas, especialmente numa altura em que são detetadas novas variantes do vírus assim como é necessário desenvolver compostos que possam ser armazenados sob temperaturas normais”, disse Thomas Triomphe, chefe da unidade de vacinas da Sanofi.

// Lusa

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