Taiwan deteta 26 caças e quatro navios de guerra chineses nas imediações da ilha

Aktug Ates / Wikipedia

Caças Chengdu J10A da Força Aérea da China

Nove aparelhos atravessaram o espaço aéreo a sudoeste e Forças Armadas do Taiwan responderam com o destacamento de aviões, navios e mísseis. Escalada de tensões na região continua.

O Ministério da Defesa de Taiwan detetou esta quarta-feira 26 caças e quatro navios de guerra do exército chinês nas imediações da ilha.

Nove aparelhos atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as Forças Armadas de Taiwan monitorizaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, informou o Ministério da Defesa taiwanês na rede social Twitter.

A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em agosto do ano passado, e a situação agravou-se depois de a visita da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.

Em finais de abril deste ano, O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado 17 aeronaves e seis navios de guerra chineses à volta da ilha, semanas depois de a China ter simulado um bloqueio a Taiwan.

O Exército de Libertação Popular “continua a fortalecer o treino militar e esmagará resolutamente qualquer forma de secessão independente de Taiwan“, disse, em maio, Tan Kefei, porta-voz do Ministério da Defesa da China, sobre o recente aumento de trocas entre os Estados Unidos e Taiwan.

Tan Kefei acrescentou ainda que “defenderá a soberania nacional e a integridade territorial”, fazendo referência aos Estados Unidos, principal aliado de Taiwan.

O governo chinês já afirmou que a “independência de Taiwan e a paz e estabilidade” no Estreito da Formosa são incompatíveis, numa altura em que o exército chinês prossegue com manobras militares em torno da ilha.

Taiwan tem um Governo autónomo desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania. A política de Pequim em relação a Taipé tem sido, até à data, a de uma reunificação pacífica, ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”.

ZAP // Lusa

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