Depois de lançar a música que aborda a traição e o divórcio de Piqué, Shakira abriu o livro. A artista diz que foi uma “oportunidade de desabafo e catarse”.
Shakira falou pela primeira vez sobre a traição e o divórcio do ex-futebolista Gerard Piqué. Em entrevista ao programa El Punto da Televisa, a cantora colombiana revela aquilo que a fez escrever e cantar uma música sobre o seu ex-marido.
A artista, citada pela CNN Portugal, diz que teve o sonho de que “uma mulher precisa de um homem para se completar, de uma família”, mas que descobriu que “nem todos os sonhos se cumprem”.
Shakira diz que agora se sente completa e como tem dois filhos que dependem de si, tem de “ser mais forte do que uma leoa”. Depois de tudo isto, a cantora acredita agora que é “suficiente”, algo que não acontecia antes.
A sul-americana soltou toda a sua raiva contra Piqué, na canção “Music Sessions #53”. A cantora já tinha cantado sobre o fim conturbado da relação com o antigo defesa do Barcelona, mas nunca de uma forma tão evidente e incisiva.
A relação entre Shakira e Piqué terminou ao fim de 12 anos, depois da cantora ter descoberto que o antigo defesa da seleção espanhola a andava a trair com Clara Chia Marti, de 23 anos.
Na recente entrevista, Shakira revelou que o filho Milan foi o principal responsável pela a colaboração com Bizarrap. A artista diz que a colaboração com o produtor argentino foi uma “oportunidade de desabafo e catarse”.
“Quando uma mulher tem de enfrentar os desafios da vida, sai mais forte. Porque aprendeu a conhecer as suas debilidades, a aceitar a sua vulnerabilidade e a expressar essa dor. Dizer que o contrário da depressão é a expressão. Através das minhas canções sempre senti que posso – e que tenho o dever também – de usar a minha voz e emprestá-la àqueles que não podem falar. As mulheres estão num momento-chave para a sociedade. Estamos num ponto em que o apoio que podemos receber umas das outras é importantíssimo”, afirmou Shakira.
“Há um lugar reservado no inferno para as mulheres que não se apoiam”, acrescentou, citando a primeira mulher que foi secretária de Estado dos Estados Unidos, Madeleine Albright.
“Celebro o que está a acontecer a uma colombiana, a uma mulher latino-americana, e o que me está a acontecer em espanhol. É quando eu digo que vale a pena e que tenho uma função na sociedade, um lugar, um papel. Que venha a vida e que me mostre o que ainda há mais”, disse ainda Shakira ao jornalista mexicano Enrique Acevedo.