Sarcófago com 2000 anos foi descoberto em Gaza, contra todas as probabilidades

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Sarcófago descoberto em Gaza

Arqueólogos atribuem o seu fantástico estado de conservação ao facto de estar selado por chumbo e ter permanecido sempre fechado.

Um sarcófago com cerca de 2 mil anos e selado a chumbo foi descoberto por uma equipa de arqueólogos na faixa de Gaza. Segundo os investigadores, o sítio arqueológico situa-se nas imediações da costa norte de Gaza, integrando uma necrópole romana mais vasta, a qual foi descoberta no ano passado.

Desde que as escavações se iniciaram, cerca de 90 túmulos, individuais e coletivos, foram descobertos naquele perímetro de 3,500 metros quadrados, apesar de os investigadores acreditarem que este é especial por ter pertencido a um indivíduo com um estatuto mais elevado.

Esta teoria é apoiada pela localização do sarcófago, mas também — e especialmente — pelo facto de durante o império romano, assim como nos séculos que se seguiram,  os caixões selados a chumbo serem uma forma “chique e cara” de se enterrar alguém, tal como lembrou a investigadora Laura Burnett à BBC em 2017 — citada pelo IFL Science.

O mistério relativamente à identidade do acompanhante será desvendado quando o sarcófago for aberto, tal como avançou o Ministério do Turismo e das Antiguidades da Palestina. Para já, a estrutura foi inserida num recipiente de madeira, onde está pronta a ser estudada por especialistas locais e internacionais, avançou o responsável pelas escavações e museus do mesmo ministério, Jehad Yasin.

O processo de análise da descoberta, o qual deverá incluir, identificação óssea, deverá demorar cerca de dois meses.

Um aspeto que surpreendeu os investigadores tem ver com o estado de conservação da estrutura face aos ataques e explosões constantes na região durante grande parte da sua história. A justificação dada para esta longevidade tem que ver, precisamente, com o facto de o sarcófago ter estado selado durante 2 mil anos — um período temporal que é possível aferir através dos outros artefactos ali encontrados.

Ao passo que o processo de descoberta da necrópole aconteceu por acaso — foi originalmente encontrada em 2022 por um grupo de trabalhadores da construção civil num projeto de habitação — a sua existência está longe de ser surpreendente.

Sendo um importante ponto de comércio para muitas civilizações ao longo da história, Gaza está repleta de relíquias ao ponto de as pessoas quase tropeçam nelas.

ZAP //

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