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Descoberto réptil pré-histórico que tinha dentes afiados como um tubarão

(dr) Nick Longrich

A mandíbula e os dentes do Xenodens calminechari encontrado em Marrocos

Um novo estudo descobriu que, há cerca de 66 milhões de anos, um réptil marinho com dentes tão afiados como uma serra nadou nas águas do que hoje chamamos Marrocos.

De acordo com o site Live Science, os fósseis deste animal, um réptil marinho chamado mosassauro, foram descobertos por mineiros na mina de fosfato de Sidi Chennane, na província marroquina de Khouribga.

Depois de uma equipa de investigadores ter examinado os restos desta criatura, que viveu no final do período Cretáceo, foi impossível não notar os seus dentes únicos, que tinham características nunca antes vistas em qualquer outro réptil (vivo ou já extinto).

Em homenagem à sua estranha dentição, os cientistas decidiram batizar a espécie de Xenodens calminechari: “Xenodens” significa “dente estranho” em Grego e em Latim e “calminechari” pode traduzir-se em “como uma serra” em Árabe.

Segundo o mesmo site, os seus dentes afiados presentearam-no com uma mordida cortante de tubarão, o que poderá ter sido a chave da sua sobrevivência. Afinal, este mosassauro não era muito grande (teria sido mais pequeno do que um golfinho).

Durante o final do Cretáceo, Marrocos ficava sob um mar tropical, logo, essas águas quentes estavam repletas de animais marinhos predadores. “Uma enorme diversidade de mosassauros viveu aqui”, declarou, em comunicado, Nick Longrich, professor do Milner Centre for Evolution, da Universidade de Bath, no Reino Unido.

“Alguns eram predadores gigantes de mergulho profundo, tal como o cachalote; outros tinham dentes enormes, podiam ter até 10 metros de comprimento e eram predadores de topo, como as orcas; outros ainda comiam moluscos, como as lontras marinhas. E depois havia estes pequenos e estranhos Xenodens“, acrescentou o líder do estudo publicado, a 16 de janeiro, na revista científica Cretaceous Research.

A descoberta desta espécie também dá mais evidências de que o ecossistema de répteis marinhos desta zona, bem como a sua diversidade, estava a prosperar no final do Cretáceo. Tudo acabou graças ao asteróide que colidiu com a Terra e que, infelizmente, causou a extinção destas criaturas e dos dinossauros.

ZAP //

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