Acabaram as dúvidas: PSD não governa com Chega

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Paulo Novais / LUSA

Luís Montenegro reage aos resultados das eleições legislativas da Madeira

Garantia de Luís Montenegro para todo o país. A solução madeirense pode ser uma “gerinponcha” – e é o PAN que estará em vantagem.

O PSD, em coligação com o CDS-PP, não chegou à maioria absoluta que queria na Madeira, mas Luís Montenegro não dramatizou a vitória que soube a derrota.

“Quem me dera conseguir estes resultados hoje aqui alcançados” em Portugal Continental, disse o presidente do PSD – a coligação ‘Somos Madeira’ conseguiu 43,13% dos votos.

Para o presidente nacional dos sociais democratas, esta vitória na Madeira foi “robusta”.

Não houve maioria absoluta mas houve uma revelação que pode mudar o rumo do PSD a nível nacional.

Muitos comentadores e especialistas têm sugerido que o PSD está a perder seguidores porque, nos últimos anos, nunca disse literalmente que se afastaria do Chega numa eventual coligação pós-eleitoral.

Aliás, muitos suspeitam que António Costa conseguiu a maioria absoluta no ano passado porque Rui Rio nunca fez essa declaração.

Os resultados na Madeira foram o pretexto para a novidade: Luís Montenegro assegurou que o PSD não se vai juntar ao Chega.

Nem na Madeira: “Não haverá nenhuma solução governativa na Madeira que tenha a contribuição do Chega”.

Nem em Portugal continental: “E eu quero dizer-vos que aquilo que vai, ou pode acontecer na Madeira, é aquilo que vai ou pode acontecer no país. O mesmo é dizer que nós não vamos governar, nem a Madeira, nem o país, com o apoio do Chega, porque não precisamos“.

André Ventura repetiu o que tinha dito durante a campanha eleitoral: o Chega está indisponível para fazer qualquer acordo com este PSD liderado por Miguel Albuquerque.

“E entendemos que, em abono da verdade, Miguel Albuquerque se deve demitir das suas funções com efeitos imediatos“, acrescentou o líder do Chega.

Assim, como nomeia o jornal Observador, pode surgir uma “gerinponcha”, em vez da “geringonça”, na Madeira: o PSD/CDS-PP deverão juntar-se à Iniciativa Liberal (IL), ou o PAN. Ou ambos.

Segundo o mesmo jornal, na noite passada já houve telefonemas entre os líderes nacionais de PSD e IL: Luís Montenegro e Rui Rocha.

No entanto, há um aspecto que reforça uma coligação com o PAN: o CDS terá dito ao PSD que não entra num Governo com a IL.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

6 Comments

  1. O Chega é um partido de protesto, como o nome indica, e não de governo.
    O Chega é um partido importante, porque dá uma casa aos revoltados da vida, aos elementos tóxicos e aos inúteis.
    O PSD fica melhor a governar em minoria do que com o Chega, afinal pouca diferença há entre PSD e PS.

  2. “E eu quero dizer-vos que aquilo que vai, ou pode acontecer na Madeira, é aquilo que vai ou pode acontecer no país. O mesmo é dizer que nós não vamos governar, nem a Madeira, nem o país, com o apoio do Chega, porque não precisamos“.
    A tónica o fim: porque não precisamos …
    O problema é: porque felizmente vão precisar!!!

  3. O amigo da madeira garantiu à 1/2 duzia de dias que se demitia se perde-se a maioria e que fez ele? afinal não se demite por isso esta promessa com as eleições legislativas a mais de 1 ano do horizonte de nada serve ou nada vale… o mais certo é, se necessário, fazer o mesmo que o miguel pois a “fome de poder” é imensa muito acima da honra pessoal ou dos interesses do pais…

  4. Não governa com o Chega hoje e na Madeira, mas um dia terá de Governar Portugal com, no minimo a complacência do Chega.
    E ainda bem! Que esse dia Chegue rápido.

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