“Aqui não se faz sexo”: o aviso insólito numa praia

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A praia é frequentada por nudistas. Mas parece que nos últimos tempos tem havido uma certa “dinamização cultural”.

Oranjezon tem uma praia que é frequentada essencialmente por nudistas.

Mas, aparentemente, naquele recanto do sudoeste dos Países Baixos, tem havido outra “dinamização cultural”, como diriam os Homens da Luta.

Habitantes locais do município Veere, que fica a poucos quilómetros da fronteira com a Bélgica, apresentaram cerca de 30 reclamações na Câmara Municipal.

“O problema já existe há muito tempo”, admitiu o presidente do município Frederiek Schouwenaar, no portal Omroep Zeeland.

Qual problema? Fazer sexo.

O autarca explicou que, segundo os relatos dos habitantes, praticam-se actos sexuais em plena praia. “E, em alguns dias quentes, há mesmo uma praga”.

A “recreação” é permitida naquela praia, o que dificulta estabelecer limites: “Podem amar-se um ao outro mas, se a praia se transforma num local de encontros sexuais, aí isso passa a ser um problema para mim”.

“São situações indesejáveis ​​que considero inseguras. Nada realmente deu errado ainda, mas essas pessoas precisam de saber que não queremos isso lá”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Veere.

O autarca até descreveu um pouco como são os encontros: “Esperam pela outra pessoa, nus. Às vezes nem sabem com quem se vão encontrar”.

Ou seja, a praia de Oranjezon passou a ser precisamente o local escolhido para encontros sexuais combinados online.

“E depois há por lá famílias com crianças e de repente vêem lá um homem nu à procura de companhia para sexo”, relatou Frederiek Schouwenaar.

O autarca anunciou mais fiscalizações, um carro com acesso à praia e autorizou a instalação de oito placas a anunciar: “Aqui não se faz sexo”.

Além daqueles avisos aos quais estamos habituados, como proibição de cães, ou a indicação de falésias, naquela praia há oito placas a anunciar que é proibido fazer sexo.

Os proprietários dos espaços comerciais junto à praia ficaram surpreendidos. Porque, dizem, “há 14 anos que isto não está tão calmo”. Não têm visto encontros sexuais.

Os empresários daquela zona estão desiludidos com a Câmara Municipal: nem sabiam que as placas iam ser colocadas, não foram consultados. Querem uma reunião com a autarquia.

E o presidente da Câmara também terá ficado surpreendido: queria mais famílias na praia mas as famílias, ao verem aquela placa, podem estar a fugir mais do local, agora.

ZAP //

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