É possível criar alergia ao seu próprio orgasmo — sim, a sério

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A Síndrome da Doença Pós-Orgásmica é uma condição rara que afecta sobretudo homens. Os sintomas incluem tosse, espirros, urticária na pele, fadiga, dores de cabeça ou problemas de memória.

Um novo estudo publicado na Urology Case Reports relata o caso de um homem que desenvolveu uma alergia aos seus próprios orgasmos — sim, leu isto bem.

A descoberta surgiu depois de um homem saudável de 27 anos ter aparecido no departamento de urologia da Universidade de Oakland com uma queixa peculiar. Nos últimos nove anos, o paciente diz que sempre que ejaculava, rapidamente desenvolvia sintomas semelhantes aos de uma gripe, como tosse, espirros ou gânglios linfáticos inchados, e também ficava com urticária nos braços.

A situação levou a que o paciente evitasse ter relações amorosas ou sexuais e os sintomas apareciam independentemente do orgasmo resultar de uma relação com alguém ou da masturbação, relata o IFLScience.

Os médicos suspeitaram que o homem sofria de uma doença chamada epididimite, que causa um inchaço doloroso no epidídimo, um pequeno ducto que recolhe e armazena os espermatozóides.

A equipa acabou por o diagnosticar com a Síndrome da Doença Pós-Orgásmica, uma condição que escapou aos especialistas que acompanharam o paciente antes devido à sua raridade, já que há menos de 60 casos conhecidos.

A doença afecta mais os homens, mas há mulheres a também relatar alguns sinais da condição, apesar de geralmente não terem os sintomas semelhantes aos da gripe. Para além dos sintomas do paciente analisado no estudo, a fadiga, dores de cabeça, oscilações de humor, problemas de memória e falhas na concentração também estão associados à síndrome.

Há vários tratamentos disponíveis que podem ser úteis no tratamento da doença, como a dessensibilização, através da injecção de “sémen autólogo diluído, aumentando progressivamente a concentração com base na resposta clínica”, ou também tratamentos hormonais. No entanto, até agora nenhuma destas terapias foi testada em comparação com placebos.

Em vez disto, a equipa optou por um tratamento diferente, dando ao paciente um anti-histamínico. A experiência resultou, com o homem a reportar uma “quebra de 90% nos sintomas pós-ejaculatórios”, o que lhe permitiu voltar a ter uma vida amorosa e relações sexuais normais.

Adriana Peixoto, ZAP //

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