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Porto vs Roma | Dragões massacram e estão nos Quartos da Champions

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José Coelho / Lusa

O FC Porto apurou-se para os quartos-de-final da Liga dos Campeões após 120 minutos ao ataque.

A formação “azul-e-branca” precisou de prolongamento, mas afastou a Roma, com um triunfo por 3-1 na segunda mão, 4-3 no conjunto da eliminatória.

Tiquinho Soares marcou primeiro, Daniele De Rossi empatou de penálti, Moussa Marega recolocou os “dragões” na frente e Alex Telles (também de castigo máximo) resolveu a questão, num jogo amplamente dominado pelos portistas, em posse de bola, remates e ocasiões de golo.

O Jogo explicado em Números

  • O Porto deixou claro desde o início que iria cair em cima da Roma. No primeiro quarto-de-hora, os “dragões” foram donos de 66% de posse de bola e dos seis únicos remates da partida. Contudo, nenhum desses disparos se dirigiu à baliza contrária, mercê de finalizações de pouca qualidade.
  • À formação portuguesa faltava apenas eficácia de remate, a tal pontaria que faz a diferença. E na primeira vez que isso aconteceu, o Porto marcou. Aos 26 minutos, Jesús Corona contemporizou na esquerda, serviu Moussa Marega que apareceu de rompante e o maliano serviu Tiquinho Soares, que só teve de encostar para o 1-0. Ao primeiro remate enquadrado (num total de oito), o marcador funcionou.
  • À meia-hora a Roma somava só dois remates, nenhum enquadrado, e sentia muitas dificuldades para construir jogo, muito por culpa da baixa eficácia de passe, que não passava dos 69%. Mas a reacção estava em marcha e deu frutos pouco depois.
  • O árbitro assinalou falta de Éder Militão na grande área sobre Diego Perotti e Daniele De Rossi, de grande penalidade, fez o 1-1, ao primeiro remate enquadrado dos transalpinos, ao quarto disparo, decorria o minuto 37.
  • Os italianos iam levando a “água ao seu moinho” com um futebol fechado, mas que lhes permitia, ainda assim, chegarem junto da baliza de Iker Casillas. Perto do descanso, os romanos registavam quatro cantos, contra dois dos portistas, e somavam quatro remates de dentro da área. Ao invés, o Porto (que já tentara dez vezes o disparo) registava sete “tiros” de fora da área, uma prova das dificuldades de penetração dos “dragões”.
  • Jogo empatado no Dragão ao descanso, mas com vantagem para os visitantes.
  • O Porto foi sempre superior aos romanos, mas sentiu dificuldades para penetrar na muralha defensiva contrária, composta por três centrais, um deles o ex-portista Iván Marcano.
  • Esses problemas ficaram bem expressos nos oito remates que os “azuis-e-brancos” realizaram de fora da área da Roma, num total de 11, o que explica o baixo número de enquadrados.
  • Os italianos, apesar de não terem mais de 40% de posse de bola e registarem quatro disparos, todos aconteceram na área de Casillas.
  • O melhor em campo nesta fase era Tiquinho Soares, com um GoalPoint Rating de 7.3.
  • O brasileiro fez o golo do Porto, somou quatro remates, dois deles enquadrados, e completou as duas tentativas de drible.
  • O Porto reentrou em força na partida e Soares teve perto de bisar, mas o seu cabeceamento, à entrada da pequena área, saiu por cima da barra de Robin Olsen. E logo a seguir Marega obrigou o guardião a nova grande intervenção. Cheirava a golo no Dragão e este surgiria aos 52 minutos. Corona cruzou da esquerda e Marega, o grande goleador portista na Champions, não desperdiçou – ao quarto remate da equipa lusa no segundo tempo.
  • Marega chegava ao seu sexto golo nesta Liga dos Campeões ao segundo remate na partida. Para além disso, o maliano registava já uma assistência, mas a sua intervenção na partida limitava-se a mais seis passes (todos certos) e um drible eficaz na única tentativa.
  • Desta feita os “dragões” não permitiram a reacção rápida dos transalpinos ao segundo golo. À passagem da hora de jogo, o anfitriões tinham mais bola (53% de posse) na segunda parte, sete remates, dois enquadrados, contra apenas uma tentativa (para fora) dos visitantes. A Roma não registava sequer qualquer acção com bola na área portista desde o descanso.
  • Jesús Corona saiu aos 68 minutos, para dar o lugar a Yacine Brahimi. Aquando da substituição, o mexicano registava um rating de 6.6, com três remates (desenquadrados), uma assistência em dois passes para finalização, sete cruzamentos, sendo um deles eficaz (o do segundo golo) e quatro dribles completos em oito tentativas. Tudo isto a jogar pelo flanco esquerdo, talvez a maior surpresa oferecida por Sérgio Conceição esta noite.
  • Brahimi que esteve perto do golo aos 76 minutos, mas o seu remate na grande área foi travada pelo sueco Olsen, com os pés, em mais uma boa ocasião portista. Aos 80 minutos, o “dragão” continuava a dominar, com 63% de posse e já tantos remates como em toda a primeira parte, 11, quatro deles enquadrados, e desta feita com dez a acontecerem dentro da grande área romana. Tudo mudara neste aspecto desde a etapa inicial.
  • Contudo, a frescura começou a faltar às duas equipas, que também deixaram de arriscar tanto, pelo que o jogo foi para prolongamento, apesar do intenso domínio portista e dos muitos remates.
  • Nos 30 minutos complementares, as dificuldades físicas começaram a sentir-se dos dois lados, sendo que o futebol apresentado pelas duas equipas era mais “mastigado”, sem energia. Ainda assim, aos 112 minutos, Edin Dzeko, isolado, picou a bola sobre Casillas, valendo Pepe a cortar quando a bola se encaminhava para o fundo da baliza.
  • O golo surgiria do outro lado. Alessandro Florenzi puxou Fernando Andrade na grande área, o árbitro assinalou grande penalidade e Alex Telles, aos 117 minutos, fez o 3-1 que decidiu a eliminatória – ao 30º remate portista na partida, nono enquadrado.

O Homem do Jogo

Marega regressou à Champions e fê-lo com estrondo. O maliano foi o homem do jogo no Estádio do Dragão, com uma exibição plena de esforço, trabalho, abnegação e entrega.

O avançado começou por assistir para o 1-0 de Soares, fez ele próprio o segundo tento portista e terminou com um GoalPoint Rating de 7.9, com quatro remates no registo (dois enquadrados), duas ocasiões flagrantes criadas, cinco cruzamentos e dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três.

Em suma, a Roma nunca conseguiu lidar com a velocidade e poder físico de Marega.

Jogadores em foco

  • Tiquinho Soares 7.4 – Ter dois avançados como Marega e Soares a realizarem exibições deste nível dá uma garantia de sucesso acrescida. O brasileiro fez o 1-0 e terminou a partida como o mais rematador, com seis disparos (dois enquadrados), dois passes para finalização, dois dribles eficazes e dois duelos aéreos ofensivos ganhos.
  • Otávio 6.8 – Um dos jogadores mais esclarecidos do Porto, que soube atacar e defender nos momentos certos. Para além de dois remates, o criativo registou três passes para finalização e somou seis desarmes, máximo da partida, pecando apenas no capítulo do passe, com 67% de eficácia.
  • Héctor Herrera 6.6 – Muito bem o mexicano a conferir equilíbrio defensivo ao Porto e a dar aquele toque de qualidade no passe. Ao todo somou 12 recuperações de posse, máximo do encontro, foi o mais interventivo, com 117 acções com bola, e acertou 84 de 93 passes, incluindo nove de 12 longos.
  • Alex Telles 6.5 – O lateral brasileiro marcou o golo decisivo da partida, de grande penalidade, já no prolongamento. Até lá fez de tudo um pouco: três remates, seis passes para finalização, seis cruzamentos (um eficaz) e quatro intercepções.
  • Diego Perotti 6.4 – O melhor da Roma. O extremo-esquerdo italiano foi sempre um perigo, terminando com quatro passes para finalização, seis cruzamentos (dois eficazes), dois dribles certos em quatro e nove acções defensivas.

Resumo

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1 Comment

  1. Que estranho, não há comentários a esta “grande” vitória????????

    (Nem houve festejos, nem declarações do ‘director de comunicação”….)
    (todos caladinhos que nem ratos!)

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