PJ detém os três suspeitos de homicídio do jovem de 24 anos no Campo Grande

Tiago Henrique Marques / Lusa

Pedro Fonseca, de 24 anos, foi assassinado junto ao McDonald’s do Campo Grande, em Lisboa, às 23:00 do dia 28 de dezembro. Recém-licenciado em Engenharia Informática, era filho de um ex-inspetor da Política Judiciária (PJ) e morreu quando três homens o tentavam assaltar.

Nesta segunda-feira, a PJ fez buscas e deteve os três presumíveis autores do crime, residentes na linha de Sintra, depois de os ter identificado há alguns dias com a ajuda de câmaras de videovigilância, noticiou o Diário de Notícias (DN), citando a agência Lusa.

Segundo apurou o DN junto de uma fonte policial envolvida na investigação, os suspeitos têm todos menos de 20 anos e terão sido autores de outros assaltos. Desde o início da investigação, o homicídio estava já a ser ligado a uma vaga de assaltos com faca que ocorreram no último ano na mesma zona.

Embora não tenha havido vítimas durante esses roubos, as descrições dos queixosos apontavam para o mesmo grupo de três jovens.

Em comunicado, a PJ informou que continua a fazer “diligências, no sentido de apurar cabalmente o envolvimento dos suspeitos na prática do mencionado crime”, remetendo “esclarecimentos complementares para momento posterior”.

Pedro Fonseca foi encontrado gravemente ferido numa zona de estacionamento junto à Faculdade de Ciências e acabou por morrer. Terá sido ferido quando tentava resistir a um assalto, que se deu quando regressava de um restaurante de ‘fast food’ no Campo Grande. Foi socorrido mas, devido aos ferimentos graves, acabou por morrer no local.

Mais polícia e iluminação junto aos Campus

Na sequência deste crime, doze associações de estudantes universitários exigiram esta segunda-feira um maior investimento em policiamento e iluminação junto aos campus universitários de Lisboa e nas suas imediações.

“Apesar dos esforços da polícia para impedir a criminalidade nesta zona, é fundamental a alocação de mais agentes”, alertaram em comunicado, no qual pediram um “grande investimento na iluminação do Campus”, pois no seu entendimento a falta de luz “gera um ambiente propício a situações de assédio e assaltos no campus”.

“São muitas as áreas com falta de iluminação nestas zonas, que geram um clima de insegurança para os estudantes e facilitam ações criminosas”, salientaram.

As associações dizem estar disponíveis para participar com a reitoria, os órgãos de gestão das faculdades, as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa “na construção de soluções que garantam a segurança e bem-estar de todos os estudantes”.

Lamentando a morte do jovem, indicaram que a “zona da freguesia de Alvalade é conhecida no meio estudantil como palco de recorrente atividade criminosa”. Nas imediações dos Campus Universitários existem caso de “prostituição, assédio, assaltos armados a carros ou tráfico de drogas”, acrescentaram.

De acordo com os estudantes, também tem havido relatos de atividade criminosos nos campus universitários da Ajuda e da Alameda.

O alerta é feito pelas Associações de Estudantes das Faculdades de Direito de Lisboa, de Arquitetura, de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Ciências de Lisboa, de Farmácia da Universidade de Lisboa, de Medicina, Medicina Veterinária, Motricidade Humana, Psicologia e do Instituto de Educação e ainda estudantes dos Institutos Superiores de Agronomia, de Economia e gestão e Instituto Superior Técnico.

ZAP //

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