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O caso mais antigo de osteopetrose foi descoberto no esqueleto de um homem da Idade do Ferro

Gresky et al. / The Lancet Diabetes and Endocrinology

Uma equipa de cientistas alemães descobriu o caso mais antigo conhecido de osteopetrose, ou doença dos “ossos da pedra”, nos restos mortais de um homem de 20 anos da Idade do Ferro.

A osteopetrose é uma doença rara que se manifesta pelo endurecimento e solidificação dos ossos, tornando-os extremamente densos e mais suscetíveis a fraturas.

Uma equipa de cientistas do Instituto Arqueológico Alemão, liderada pela paleopatologista Julia Gresky, identificou o caso mais antigo já conhecido desta doença. A descoberta surgiu depois de os cientistas analisarem os restos mortais de um homem, de aproximadamente 20 anos, desenterrados em Maliq, na Albânia, em 1963.

Segundo o Daily Mail, os investigadores encontraram evidências de fraturas e enrijecimento do tecido ósseo. O esqueleto foi datado de cerca de 4.620-4.456 a.C., que antecede um outro caso antigo desta doença em cerca de 4.800 anos.

“Um elemento amplamente desconhecido das doenças raras é a sua história: quando surgiram estas doenças e se sofreram alguma alteração com o tempo. Estudos paleopatológicos de restos humanos em contextos arqueológicos podem fornecer evidências objetivas e não tendenciosas das origens e do desenvolvimento de doenças raras, através do estudo dos traços da doença diretamente nos ossos”, escreveram os cientistas.

Através de raios-X e tomografias computadorizadas, a equipa determinou que o homem da Idade do ferro sofria de osteopetrose autossómica dominante tipo 2. “A análise genética do indivíduo poderia restringir o diagnóstico a uma mutação específica se a preservação do ADN fosse suficiente.”

De acordo com o resultado da investigação, publicada recentemente na The Lancet Diabetes and Endocrinology, esta doença mudou muito pouco ao longo dos milénios. “As características patognomónicas descritas para pacientes com osteoporose autossómica dominante são idênticas às descritas para este esqueleto de 6.000 anos“, explicaram os investigadores.

ZAP //

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