Número de professores de informática é insuficiente para responder à procura

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Manuel de Almeida / Lusa

Aquela que poderia ser uma notícia positiva tem, na realidade, um contexto negativo, já que evidencia uma falha estrutural do sistema de ensino português.

De acordo com as informações veiculadas pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), restam atualmente por colocar 31 professores de informática em Portugal, um número manifestamente inferior se se considerar que existiam, até ontem, 1927 horários por preencher, num total de 553 escolas, dos quais 397 correspondem à falta de professores de informática, precisamente, segundo o site Escolas perto de Mim.

Segundo o jornal Público, que avança com a notícia, cada horário disponível corresponde à regra de contratação de um professor e podem ser para assegurar horários completos (de 22 horas de aulas semanais) ou períodos de aulas mais curtos.

No que respeita aos horários completos para colocação de professores, estes começam a ser disponibilizados nos concursos de mobilidade interna, isto é, docentes do quadro, e contratação inicial, os contratados. Os que não ficam ocupados passam para as “reservas de recrutamento”, as quais vão sendo abertas durante o ano letivo. Os horários que ficam vazios podem depois passar para o regime de contratação de escola.

Tal como lembra a mesma fonte, a questão da falta de professores de informática poderia ser, à partida, uma notícia positiva — por evidenciar a capacidade do mercado de trabalho em os absorver, mas o que poderá estar em causa é uma falta que pode ter-se tornado estrutural nos últimos anos: por falta de formação ou por estarem noutros empregos.

ZAP //

1 Comment

    • Caro viajante, não consigo atingir o seu comentário…
      Então mas, para a maioria da “populaça” que diariamente destila ódio contra os funcionários públicos em geral, e os professores em particular, não há professores a mais? Principescamente pagos e que nada fazem? Incompetentes e frustrados que vão para professores por não terem competências para mais nada?
      Não percebo como pode sugerir que vão falar professores: uma casta de inúteis parasitas, que auferem faustosos vencimentos resultado da produção alheia, que em nada contribuem para o engrandecimento e enriquecimento do país, uns malandros que não querem trabalhar, pois passam a vida em greves, e de baixa etc…
      Enfim, não percebo: de acordo com estes argumentos, que são representativos do pensamento da generalidade da populaça, deveria haver inúmeros candidatos a professores, uma competição feroz entre os melhores pela entrada na profissão. Não faz qualquer sentido o seu comentário. Só falta o Senhor vir dizer que qualquer dia, tal como os ingleses, teremos de importar professores (leia-se, inúteis parasitas e malandros preguiçosos) para haver professores nas escolas… O Senhor tenha vergonha e tenha tino. É a melhor profissão que alguém pode ter: estável, bem remunerada, pouco stressante, nada regulada, nem sujeita a escrutínio e interferências externas, sem qualquer carga burocrática, reconhecida e prestigiada… Enfim: “the portuguese dream”…

      Nota final: para os incautos/distraídos, tudo o atrás exposto é SARCASMO!

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