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Novo estudo situa a origem do Homo sapiens há 350 mil anos

Véronique Pagnier / Wikimedia

Homo sapiens da Idade do Metal, reconstituição

Os dados genéticos obtidos de sete humanos que viveram nos últimos 2.500 anos na África do Sul sugerem que o Homo sapiens surgiu há 350 mil anos, muito antes do que se considerava até agora, segundo um estudo publicado esta quinta-feira na revista Science.

Cientistas suecos e sul-africanos puderam identificar a sequência genética dos restos de três indivíduos caçadores-coletores que viveram entre 2.300 e 1.800 anos atrás, e de quatro camponeses que viveram entre 500 e 300 anos atrás. Todos eles viveram na atual província de KwaZulu-Natal, na costa Índica da África do Sul.

Os cientistas concluíram que a transição dos humanos arcaicos ao Homo sapiens ocorreu entre 350 mil e 260 mil anos atrás, muito antes dos 180 mil anos que se pensava até agora com base em restos encontrados no leste da África.

O estudo foi realizado por uma equipa de cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Joanesburgo e da Universidade de Witwatersrand, ambas em África do Sul.

As conclusões do estudo, publicado na revista Science esta quinta-feira, apoiam assim a teoria da origem pan-africana do Homo sapiens, com evoluções simultâneas da espécie em todo o continente.

Em junho, um grupo de cientistas descobriu em Marrocos os fósseis mais antigos de sempre de Homo sapiens, com cerca de 300 mil anos, ou seja, mais 100 mil anos do que os mais antigos que se conheciam, e que sugeriam já que a evolução do homem arcaico para Homo sapiens podia ter acontecido muito antes do estabelecido até agora.

A descoberta destes fósseis em Marrocos, feita no sítio arqueológico de Jebel Irhoud, 150 quilómetros a oeste de Marrakech, e os fósseis agora encontrados em KwaZulu-Natal mudam tudo o se sabia sobre a origem da espécie humana, e confirmam que o Homo sapiens esteve presente em todo o continente africano.

ZAP // EFE

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