A jovem de 13 anos Alyssa viu a sua leucemia “incurável” desaparecer após ter participado nos ensaios clínicos para uma nova imunoterapia.
Uma nova imunoterapia combateu com sucesso a leucemia de uma menina de 13 anos.
A doença que afetou Alyssa, natural de Leicester, no Reino Unido, desapareceu totalmente. A notícia chega cerca de seis meses depois de ter participado num ensaio clínico com uma nova tecnologia de edição genética das células T.
A leucemia linfoblástica aguda de células T era dada como incurável. Os médicos de Alyssa já lhe reservavam os cuidados paliativos como a única solução para aquilo que restava da sua vida.
Este tipo de cancro avança rapidamente, com os chamados linfócitos T a dividirem-se descontroladamente e entrarem na corrente sanguínea, viajando para o fígado, baço e gânglios linfáticos. Sem tratamento, isto pode matar num curto espaço de apenas meses ou até semanas.
A imunoterapia que recorre às células imunitárias modificadas geneticamente não é propriamente uma novidade. No entanto, esta nova terapia é ligeiramente diferente. A técnica só foi apresentada há seis anos na revista científica Nature.
O tratamento envolveu vários estágios, explica a IFL Science. Primeiro, as células T de Alyssa foram modificadas para não atingirem as suas próprias células. Depois, os médicos removeram o CD7, um importante marcador celular em todas as células T. De seguida, protegeram as células modificadas da quimioterapia. Finalmente, as novas células T foram direcionadas para qualquer célula que apresentasse CD7.
Como o seu sistema imunitário foi essencialmente eliminado, Alyssa recebeu um segundo transplante de medula óssea para reconstrui-lo do zero.
Este é o primeiro caso deste tipo de leucemia que é curado com sucesso. No entanto, há sempre o risco de o cancro reaparecer.
“Desde que a Alyssa ficou doente com leucemia em maio do ano passado, ela nunca conseguiu uma remissão completa. Não com quimioterapia e não após o seu primeiro transplante de medula óssea”, disse o Dr. Robert Chiesa, do Great Ormond Street Hospital for Children (GOSH), em comunicado.
“Só depois que receber a sua terapia com células CD7 CAR-T e um segundo transplante de medula óssea no GOSH, é que ela se livrou da leucemia. Isso é bastante notável, embora ainda seja um resultado preliminar, que precisa de ser acompanhado e confirmado ao longo dos próximos meses”, acrescentou.
“Toda a equipa aqui do GOSH está extremamente feliz pela Alyssa e a sua família e foi um privilégio trabalhar com eles nos últimos meses. Ficamos muito impressionados com o quão corajosa ela é e nada me deixa mais feliz do que vê-la fora do hospital, voltando a ter uma vida mais normal”, disse ainda Robert Chiesa.
Enquanto a Ciência faz um esforço enorme no sentido de salvar vidas, aqui, neste Portugal pequenino, aprova-se uma lei para matar pessoas. A eutanásia é a negação das possibilidades cada vez maiores da Ciência e da exigência que sobre ela deve recair no sentido de salvar vidas por vezes praticamente perdidas. Somos pobres.