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Netflix vai subir preços após atingir número recorde de assinantes

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Gigante do streaming superou as expectativas e vai mesmo aumentar o valor das subscrições básica e premium para capitalizar o seu crescente número de subscritores e financiar mais conteúdo original.

A Netflix, gigante do serviço de streaming que entrou no mercado português em outubro de 2015, superou as expectativas dos analistas ao divulgar os resultados do seu terceiro trimestre fiscal.

A empresa norte-americana, com sede em Los Gatos, Califórnia, registou receitas de 8,54 mil milhões de dólares e lucros de 3,73 dólares por ação — resultados que excederam as estimativas médias dos analistas consultados pela FactSet, que apontavam para lucros de 3,49 dólares por ação.

Para além da performance financeira notável, a Netflix conseguiu atrair nove milhões de novos assinantes, superando as estimativas de crescimento que apontavam para 6,08 milhões de novos subscritores. Com este aumento, a base global de subscritores da empresa alcançou agora os 247,2 milhões.

Estes resultados positivos tiveram um impacto imediato no valor das ações da empresa. Depois de terem encerrado a sessão regular na Wall Street com uma queda de 2,68%, para 346,19 dólares, as ações dispararam 12,74% para 390,31 dólares no mercado “after-hours” — mas nem tudo são boas notícias.

Preços da subscrição vão aumentar

A empresa anunciou um aumento de preços nos seus pacotes básico e premium. O pacote básico passará de 9,99 dólares para 11,99 dólares, e o pacote premium, que é sem anúncios, subirá de 19,99 dólares para 22,99 dólares.

O sucesso da Netflix é atribuível não apenas ao conteúdo diversificado que oferece, mas também à sua estratégia de negócio eficaz que lhe permite adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado.

O aumento de preços pode ser, avança o Jornal de Negócios, uma estratégia para capitalizar o seu crescente número de subscritores e para financiar mais conteúdo original, numa altura em que a concorrência no mercado de streaming está cada vez mais acirrada.

Os aumentos de preços surgiram a par da famigerada decisão de acabar com a partilha de contas — que chegou a Portugal em fevereiro — cobrando um extra de 7,99 dólares por mês para utilizadores fora do agregado familiar principal. Decisão que, segundo alguns rumores, a Disney+ está a ponderar imitar.

ZAP //

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