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NASA descobre “girinos” no Sol que podem desvendar antigo enigma da astrofísica

Um estudo recente da NASA sobre um dos fenómenos mais notáveis do nosso sistema planetário pode desvendar um mistério antigo da astrofísica. O enigma reside na camada mais externa do Sol, a coroa, que atinge temperaturas de um milhão de graus Celsius, quase 200 vezes mais do que a superfície do Sol.

Os cientistas, que há mais de um século tentam perceber por que motivo a camada externa do Sol é mais quente do que a sua superfície, estão agora mais perto de resolver o enigma graças aos chamados “girinos” que foram encontrados em regiões com um campo magnético mais intenso da superfície solar.

​O espectrógrafo de imagens infravermelhas da NASA permitiu detetar uma espécie de jatos alongados de plasma quente semelhantes a girinos, que saem das manchas solares – regiões da superfície solar relativamente frias e magneticamente ativas – elevando-se a cerca de 4.800 quilómetros até a coroa interior.

Segundo uma simulação computacional levada a cabo pela equipa, estes jatos poderiam levar energia e plasma suficiente para aquecer a camada solar externa.

https://twitter.com/NASA/status/1098040067493449728?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1098040067493449728&ref_url=https%3A%2F%2Factualidad.rt.com%2Factualidad%2F306196-renacuajos-sol-impactante-descubrimiento-nasa

Até à descoberta deste “girinos” — formalmente apelidados pseudochoques — apenas duas teorias sobre as possíveis razões para o aquecimento da coroa foram consideradas.

A primeira hipótese sustenta que o calor da atmosfera externa solar é injetado por inúmeras pequenas explosões que libertam ondas de partículas carregadas e quentes. Já a segunda alicerça-se na ideia de que a energia se transporta até ali através de ondas eletromagnéticas que poderiam empurrar partículas carregadas até à atmosfera, tal como uma onda do oceano empurra o surfista.

Agora, os especialistas esperam conseguir obter algumas pistas complementares da sonda espacial Parker Solar Probe, lançada em agosto passado, para estudar como é que a energia e o calor se deslocam através da coroa solar.

“[Estas informações] poderiam fornecer uma imagem abrangente do aquecimento coronal”, afirmou Aleida Higginson, investigadora do laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, na cidade de Laurel, nos Estados Unidos.

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