Sedat Suna/EPA
Mais de 200 horas isolada, sem comer e sem beber. Mas Fatma Gungor sobreviveu. Pior desastre natural no último século.
Mais de uma semana depois do sismo de magnitude 7.8 na Turquia e na Síria, a esperança em encontrar sobreviventes está próxima do zero.
Mas há casos que contrariam as possibilidades.
Nesta quarta-feira, nove dias depois da manhã que abalou os dois países, foi resgatada uma mulher de 70 anos. Está viva.
Fatma Gungor esteve durante 212 horas debaixo dos escombros de um prédio de sete pisos, na Turquia.
Foram praticamente nove dias isolada, traumatizada, sem comer e sem beber, e sob temperaturas que chegaram aos 5 graus abaixo de zero.
Fatma Gungor foi transportada para um hospital. Estava claramente (e logicamente) desidratada e desnutrida.
Os familiares da turca de 70 anos agradeceram imediatamente à equipa de salvamento, abraçando os funcionários com emoção.
Refira-se que, em média, um ser humano aguenta durante 72 horas sem comer ou beber, em desastres deste género. Mas pelo menos 10 pessoas já apareceram vivas, mais de uma semana depois.
As equipas de resgate continuam a tentar encontrar sobreviventes, quando há quase 40 mil mortos confirmados, juntando Turquia e Síria. Mas pode haver mais de 100 mil mortos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, este sismo foi o “pior desastre natural” nos últimos 100 anos, na Europa.
A mesma entidade avisa que as prioridades agora são fornecer alimentos e refugio aos sobreviventes.
Cerca de 26 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária já.
