Alzheimer: “Esta é uma era bastante emocionante: podemos ter a cura nos próximos anos”

O que se pensava que era a causa, agora pensa-se que será a consequência de algo que começa muito antes.

O que boa parte da comunidade científica pensava que sabia sobre o Alzheimer, afinal, não estava correcto.

O que os cientistas imaginavam ser a causa, parece agora uma consequência de um processo que começa muito antes.

A Globo deixa a questão: o que é determinante para o surgimento do Alzheimer: a genética ou o nosso estilo de vida?

Primeiro, a análise deixa um trio de dicas essenciais para evitar a doença: actividade física, alimentação saudável, controle do colesterol.

Em relação ao desenvolvimento da doença, numa primeira fase há alterações de memória, de personalidade e das habilidades visuais e espaciais.

Depois podem surgir agitação, insónia, dificuldades na fala e em cumprir tarefas simples e em coordenar movimentos.

Na terceira fase, a deficiência motora agrava-se, a pessoa não consegue falar, nem engolir, e nunca mais sai da cama.

Cura está próxima?

Como se sabe, não há cura para o Alzheimer. Mas Cláudia Suemoto, professora de Geriatria, está confiante: “Estamos a viver uma era bastante emocionante e com grande promessa de, talvez, ter a cura nos próximos anos“.

Entre tantos estudos (e tantos investimentos), destacaram-se as conclusões de uma análise profunda liderada por John Hardy, professor e investigador.

Hardy defende – numa teoria aceite pela generalidade dos especialistas – que a grande maioria dos pacientes de Alzheimer tem o cérebro envolvido por placas de uma proteína chamada beta-amiloide.

Essas placas vão tomando conta do espaço e impedem a passagem dos impulsos nervosos de um neurónio para o outro.

Isso provoca uma espécie de curto-circuito no sistema nervoso central (os neurónios são as células mais importantes do cérebro).

Mesmo após a descoberta da mutação no DNA que causa esse acumular da proteína beta-amiloide, faltam esclarecimentos sobre as causas do Alzheimer. E a descoberta de uma cura está a demorar “muito mais do que imaginava”, admitiu o autor do estudo.

Numa doença complexa, complicada de combater, a grande maioria dos novos remédios criados para combater o Alzheimer ataca justamente as placas.

Mas há um entrave: ou não eliminam os sintomas, ou só os aliviam parcialmente.

Lá se foi a ideia de que um medicamento contra as placas amiloides faria “magia”.

É preciso descobrir mais. E, nesse contexto, já se verificou que esse acumular de placas no cérebro é só um dos factores da doença.

Outros estudos centram-se nas células de defesa, as micróglias – funcionam como aspiradores de pó para tirar a sujeira do cérebro.

Outros estudos recentes centram-se na proteína Tau, que cria “emaranhados” dentro dos neurónios.

Voltando à cura… é complicado apontar uma data exacta.

ZAP //

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