Militares russos autorizados a disparar contra desertores

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Roman Pilipey / EPA

Os militares russos terão autorização dos seus superiores para disparar contra desertores que tentem abandonar a linha da frente de batalha.

Os serviços de inteligência britânicos admitem a possibilidade de as forças russas estarem a usar tropas de bloqueio para impedir a fuga de desertores da frente de batalha. Os oficiais militares russos terão mesmo autorização para disparar a matar sobre os desertores.

A informação é avançado na última atualização de Inteligência de Defesa sobre a situação na Ucrânia, datada desta sexta-feira, dia 4 de novembro.

“Devido à baixa moral e à relutância em lutar, as forças russas provavelmente começaram a implantar “tropas de barreira” ou “unidades de bloqueio”. Essas unidades ameaçam disparar contra os seus próprios soldados em retirada para forçar ofensivas e foram usadas em conflitos anteriores pelas forças russas”, lê-se no relatório de inteligência britânico.

Ainda segundo o Reino Unido, generais russos terão querido que os seus comandantes usassem armas contra desertores, incluindo autorização para matar após um aviso.

“A tática de disparar contra desertores atesta, provavelmente, a baixa qualidade, baixo ânimo e indisciplina das forças russas”, conclui o relatório.

ZAP //

4 Comments

  1. Vão sair da Ucrânia com uma mão à frente e outra atrás. O Putin anda muito mal assessorado. Se ele queria fazer frente aos EUA, então bastava aproveitar a porta aberta deixada pela Merkell para se aproximar da UE. Aproximando-se da UE, a Rússia teria dado o passo certo. Reduziria a ligação / dependência / subserviência da Europa Ocidental face aos EUA e ofereceria à UE tudo aquilo que ela precisa, e não tem, nomeadamente gás, petróleo… Os americanos nunca gostaram da aproximação da UE à Rússia. Sentiram o tapete a fugir.
    Com um qualquer Navalny seria possível entrarem no espaço económico europeu, onde estão países como a Noruega, o Liechtenstein, a Islândia que não fazem parte da UE mas sim do EEE. Teriam um mercado de grandes dimensões e estreitariam as ligações com a UE. A Rússia poderia gozar de prosperidade e crescimento económico. Isso criaria um novo bloco internacional capaz de ombrear com EUA e China. Atenção que não equaciono a entrada da Rússia na UE, mesmo com um qualquer Navalny. Antes, uma integração no espaço económico europeu. A integração europeia seria feita pela dimensão económica e não política.
    Essa é que teria sido a jogada certa. Deste modo, apenas se isolou ainda mais. A Rússia já está em recessão e piores tempos ainda virão. Não lhe vaticino muito tempo à frente da Rússia.

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