Mesmo com o tabu associado à extrema-direita, a primeira-ministra italiana está a ganhar protagonismo numa União Europeia historicamente guiada pelo bloco franco-alemão.
Numa viragem marcante na paisagem política da União Europeia, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, está a afirmar-se como uma figura central e redefinir as políticas do bloco.
Inicialmente recebida com ceticismo devido às suas afiliações de extrema-direita e admiração passada pelo fascismo, Meloni navegou habilmente para conquistar a confiança dos líderes ocidentais, demonstrando um apoio inabalável à Ucrânia e cortando os velhos laços entre a direita italiana e Vladimir Putin.
A assertividade de Meloni levou a mudanças significativas nas políticas da UE, notavelmente nas políticas ambientais e de migração. Sob a sua influência, a UE reconsiderou restrições ao uso de pesticidas e modificou o seu ambicioso pacote climático, aponta o Politico.
Além disso, a chefe do executivo italiano desempenhou um papel crucial na direção da estratégia de migração da UE, afastando-se de um foco em asilo e redistribuição para uma abordagem que incentiva países terceiros a gerir a migração nas suas fronteiras, exemplificada por um acordo iminente de 7,4 mil milhões de euros com o Egipto destinado a conter a migração e reforçar as finanças governamentais.
À medida que Meloni se prepara para as eleições em toda a UE em junho, onde se antecipa uma viragem à direita no Parlamento Europeu, a sua posição como líder espiritual do bloco de direita parece cada vez mais provável. A sua influência poderá estender-se ainda mais na modelação das políticas da UE sobre migração e questões ambientais, áreas onde já deixou a sua marca.
Apesar do seu estrelado em ascensão no palco internacional, Meloni enfrenta críticas tanto no país como no estrangeiro, com preocupações sobre a estagnação económica da Itália e a possível erosão dos direitos LGBT sob a sua liderança
Para além dos parceiros europeus, outro país que deve estar de olho em Meloni é os Estados Unidos. Com as eleições presidenciais de Novembro à porta, a primeira-ministra italiana quer manter um boa relação com Washington, independentemente do resultado.
Se Biden vencer, pode continuar uma relação que até agora tem ido de vento em popa, frisando o seu historial pró-Ucânia e próximo da NATO. Se Trump regressar, Meloni pode posicionar-se como uma aliada europeia menos controversa do que Viktor Orbán e aproveitar a proximidade dos membros dos Irmãos da Itália baseados na Flórida aos Republicanos.
“Ela é de longe a política mais próxima de Trump em Itália. E a nível europeu, o seu Governo estaria em melhor posição para construir laços com a administração Trump”, aponta Marco Damilano, analista político italiano.
Já Andrea di Giuseppe, legisladora dos Irmãos de Itália baseada na América do Norte, Meloni surge como o “ponto de referência para Trump na Europa”.
A habilidade de Meloni em equilibrar as prioridades do seu partido de extrema-direita com as expectativas mais amplas da UE e internacionais posicionou-a como uma figura crucial na política europeia. Espera-se que a sua influência cresça, particularmente se o bloco de direita ganhar força nas próximas eleições para o Parlamento Europeu.
Sempre a velha técnica :
Primeiro o mel, se necessário em abundantes doses.
Rendidos e aprisionados os tolos, a hora do fel chegará.
E aí, das duas uma, ou resigam ou reagem.
E a reação será um ato cívico de liberdade e de coragem, muito cilindrado pelos arbitrários poderes entretanto alcançados.
Vencer será difícil, mas impossível NUNCA!
São lições de vida, e quem delas souber aprender, dirá até ao último dos seus dias:: “mel” NUNCA MAIS!
A Lucinda deseja que a Europa seja povoada por muçulmanos machistas e homofóbicos?
Aqui a D. Lucinda, de ridículo, até tem muita piada 🙂
Pelo contrário eu, não vejo o dia que o “mel” seja tanto que se afoguem nele os “nunca mais”
LOL
Meloni é um farol da Europa Ocidental!
A Esquerda Morreu!