A Direção-Geral da Saúde (DGS) informou, esta segunda-feira, que foram registados mais dez casos de varíola dos macacos, ou monkeypox, havendo, até ao momento, um total de 153 casos.
Os casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No comunicado, a DGS sublinha que a maioria dos casos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
“Todos as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos”, escreve a DGS.
Todos os casos estão a ser acompanhados clinicamente, encontrando-se estáveis até ao momento. A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Este domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que havia um total de 780 casos de varíola dos macacos confirmados em 27 países não endémicos. O risco global é moderado, informa a OMS.
Um número que a organização admite estar “provavelmente subestimado”, devido a informações epidemiológicas limitadas, já que “é muito provável que outros países identifiquem casos e que haja, no futuro, maior disseminação do vírus”.
À data, os países não endémicos que relataram mais casos foram o Reino Unido (207), a Espanha (156), Portugal (138), Canadá (58) e Alemanha (57).
“Embora o risco atual para a saúde humana e para o público em geral permaneça baixo, o risco para a saúde pública pode tornar-se alto se esse vírus explorar a oportunidade de se estabelecer em países não endémicos como um patogénico humano”, referiu a OMS numa atualização da sua avaliação da doença.
“A OMS avalia o risco globalmente como moderado, uma vez que esta é a primeira vez que muitos casos e grupos de casos de varíola dos macacos foram registados simultaneamente em países endémicos e não endémicos”, referiu.
ZAP // Lusa