Guiné-Bissau: tiros e “tentativa de golpe de estado”

Andre Kosters / EPA

Umaro Sissoco Embalo,presidente da Guiné-Bissau

Ainda não se sabe ao certo o que está a acontecer no local onde estão o presidente e o primeiro-ministro do país lusófono.

Guiné-Bissau pode estar a viver uma tentativa de mudança de liderança no país. Ou é “apenas” novo episódio de violência com armas.

Nesta terça-feira, à porta do Palácio do Governo foram ouvidos – e filmados – tiros de bazuca e rajadas de metralhadora.

No momento dos tiros, estava a decorrer um Conselho de Ministros com a presença do presidente Umaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam.

O Palácio terá sido invadido por um grupo de militares – que não estavam fardados.

Foi montado um perímetro de segurança por militares. Ninguém concede aceder ao local, para já.

Não se sabe se há feridos ou mortos mas a delegada da agência Lusa na Guiné-Bissau, Isabel Marisa Serafim, informou que há pelo menos quatro feridos.

As divergências entre o presidente Umaro Sissoco Embaló e o Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam multiplicam-se e são públicas. Ainda há poucos dias decorreu uma remodelação do Executivo – decisão do presidente e contestada pelo primeiro-ministro, num momento inicial.

Em Portugal, Augusto Santos Silva, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, condenou este incidente: “Há movimentações armadas em Bissau que se dirigem contra as autoridades legítimas da Guiné-Bissau, o Presidente e o Governo, e Portugal condena qualquer tentativa de, pela violência, impedir o normal funcionamento dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau, nos termos da Constituição”.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental já reagiu a este episódio. Condena esta “tentativa de golpe de Estado” e pede aos militares para “voltarem às cavernas” manter uma “postura republicana”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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