Governo quer investir 50 milhões, em 50 bairros comerciais digitais

Governo vai investir mais de 50 milhões de euros para, pelo menos, 50 projetos de bairros comerciais digitais, até ao final de 2025.

A iniciativa, inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai apoiar projetos de investimento de autarquias e associações empresariais, separadas ou em consórcio, na transição digital do comércio e serviços, mas ainda não se sabe quando vão ser abertas as candidaturas.

Os principais contornos do apoio ao lançamento de bairros comerciais digitais vão ser apresentados hoje pelo Governo.

Segundo o Jornal de Negócios, há cinco pilares essenciais, pelos quais as propostas se devem guiar: digitalização da experiência de consumo e de infraestruturas adjacentes, integração e soluções logísticas coletivas, oferta de plataformas eletrónicas até à conectividade e harmonização urbanística.

A iniciativa abre ainda caminho para uma combinação entre a dimensão física e digital, associada ao chamado urbanismo comercial.

Ou seja, projetos dos municípios e associações empresariais podem entrar no campo das intervenções no território, desde que tenham a componente da digitalização.

As autarquias e as associações empresariais terão margem para criar as suas propostas, em função das oportunidades e necessidades dos seus próprios territórios.

Deste modo, um projeto tanto pode passar pela criação de um marketplace online, que contemple todas as empresas de um determinado município, como ser mais ambicioso.

Pode também apostar na atratividade e competitividade do comércio físico, por intermédio de tecnologias digitais.

Um exemplo é a instalação de Mobiliário Urbano Para Informação (MUPI), com um mapa interativo das lojas, à semelhança das plantas dos centros comerciais.

Os MUPIS’s servem como expositores de publicidade, com dimensões médias, e um formato de cartaz, geralmente protegidos por um vidro.

Encontram-se espalhados pelas cidades, por vezes iluminados, e muitas vezes providos de um motor que faz rodar vários anúncios, permitindo o aproveitamento do mesmo dispositivo por várias campanhas.

A criação de MUPI’s com informações práticas, como número de lugares vagos em parques de estacionamento ou horários dos autocarros, seria uma ideia a admitir.

Além dos bairros comerciais digitais, a componente da digitalização das empresas do PRR contempla outro programa de apoio a projetos, que também vai ser hoje apresentado pelo governo.

A outra iniciativa pretende acelerar o comércio digital e apoiar a transição das empresas, avaliando o seu estágio de maturidade, e propondo um plano de ação, por empresa, destinado à sua digitalização.

As duas iniciativas juntas têm uma verba superior a 100 milhões.

ZAP //

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