“Parece um sonho”. Família de Isabel já tem os vistos processados para viajar para Portugal

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A mãe e os dois irmãos de Isabel Bapalpeme estão prestes a ter os vistos para poderem viajar para Portugal e acompanhar a jovem no transplante de pulmão.

Os vistos para a mãe e para os dois irmãos menores de Isabel Bapalpeme poderem viajar para Portugal foram processados esta terça-feira. Muito em breve, os vistos deverão ser emitidos e a família deverá viajar para junto de Isabel, que vive no Barreiro, em Setúbal.

Isabel Bapalpeme tem 29 anos, tendo chegado a Portugal há oito, vinda de Cabo Verde. Quando tinha apenas 15 anos teve tuberculose e, por falta do tratamento necessário, seguiram-se anos de tosse e febre. Agora, o pulmão direito já não funciona e o esquerdo para lá caminha.

O transplante é a única solução e Isabel vai aguardando pacientemente na lista de espera. A jovem aguarda também pelo apoio da mãe, que não conseguia viajar para Portugal.

Ainda esta segunda-feira, a burocracia atrasou o processamentos dos vistos. O funcionário da embaixada portuguesa em Bissau tinha recusado a entrada do pedido, por falta de documentação. Entretanto, a situação foi resolvida.

“O pedido de visto já foi processado pela Embaixada em Bissau e remetido para parecer das entidades competentes em matéria de entrada de estrangeiros em Portugal, aguardando-se a emissão a breve trecho”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Expresso.

Relatórios médicos atualizados, seguro de viagem, registo criminal, comprovativo de meios de subsistência, reserva de voo, o formulário, duas fotografias e a declaração médica a atestar a necessidade de assistência eram os documentos exigidos a Sábado Bapalpeme, mãe de Isabel.

A pressão do ministro Augusto Santos Silva sobre a embaixada foi decisiva para acelerar o processo e “não exigir mais do que o relatório médico já apresentado”.

Isabel já soube das novidades e não conseguiu esconder a sua alegria com as boas-novas: “Estou tão feliz, mas tão feliz que não sei o que dizer. Parece um sonho”.

“Queria muito a minha mãe aqui. Não consigo sorrir desde 2008 e eu não era assim. Era alegre, espontânea. Mas agora o meu mundo está a fechar-se”, disse ainda a jovem, citada pelo semanário.

Daniel Costa, ZAP //

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