Mohammed Al Hashemi / Flickr

Criminosos simulam que houve um toque no carro ao estacionar. GNR atenta a esta nova forma de roubar dinheiro aos condutores.
Em parques de estacionamento também ocorrem acidentes entre carros; normalmente pequenos toques ou arranhões.
Mas, precisamente nesses contextos, tem aumentado em Portugal um esquema que envolve a simulação de um acidente num parque de estacionamento – quando na verdade não houve toque nenhum.
Acontecem principalmente em parques de estacionamento de grandes superfícies comerciais, como hipermercados ou centros comerciais; ou em postos de combustíveis e, menos frequentemente, em zonas mais isoladas.
Os criminosos queixam-se de que houve um toque no seu carro, provocado pelo condutor (a vítima); chegam a danificar o próprio carro para parecer que houve mesmo um acidente no parque de estacionamento.
Depois, vão ter com a vítima para exigir que lhe pague os alegados danos. Se houver resistência do outro condutor, o burlão sugere um valor mais baixo, para dar a ideia de que até está a ajudar a vítima.
Em muitos casos, descreve o ACP, o criminoso até vai com a vítima a uma caixa Multibanco para forçar a transferência imediata do dinheiro.
A maior parte das vítimas são idosos, alertou João Gaspar, capitão da GNR – Guarda Nacional Republicana.
O responsável da GNR comentou que Lisboa, Santarém, Aveiro e Setúbal foram os distritos onde se registaram os maiores aumentos do número de denúncias destes casos, em 2024.
E os casos têm vindo mesmo a crescer: eram 34 denúncias em todo o ano passado e, agora, já há 45 casos só nas primeiras semanas deste ano.
A GNR aconselha as vítimas a manterem a calma, a não cederem à pressão e à ameaça dos burlões; além disso, devem logo chamar a polícia. Para quem já foi burlado, o passo essencial é a denúncia e dar o máximo de informação possível sobre o crime.