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Fábricas sul-coreanas substituem humanos por robôs para evitar condenações

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A Coreia do Sul aprovou, em janeiro deste ano, uma lei que permite multar ou condenar à prisão diretores executivos ou gerentes de fábricas em casos de acidente que causem a morte ou ferimentos graves aos funcionários, medida que tem levado a um aumento no investimento em robôs.

“Ao longo da nossa história, sempre tivemos que encontrar formas de ficarmos na vanguarda”, disse recentemente ao Rest of World Kim Yong-rae, CEO da Speefox, apontada como o fabricante de condensadores da Coreia do Sul. “A automação é o próximo passo nesse processo”, acrescentou.

A lei em vigor desde janeiro “é um grande problema para os negócios”, acrescentou Kim Hyo-jin, diretora administrativa da Speefox e filha de Yong-rae, acrescentando: “Felizmente para nós, já estávamos a automatizar. Quando a lei foi implementada, já estávamos prontos”.

A nova lei tem levado as empresas a procurar opções para diminuir o número de trabalhadores, situação confirmada por especialistas. “As empresas estão a se mover para reduzir o trabalho humano”, disse Jung Jin-woo, professor da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia de Seul.

A lei, saudada como um grande passo para os direitos dos trabalhadores, sofreu resistência por parte das empresas. Estas indicam que se trata de uma lei injusta e muito vaga, que não determina com clareza os pressupostos para as condenações.

A Coreia do Sul é conhecida pela falta de segurança nas suas fábricas. O Governo prometeu ajudar as empresas a melhorar os seus padrões de segurança.

“Mais importante do que comprar novos equipamentos é que as empresas reconheçam a importância de garantir a segurança, prevenir acidentes e, assim, estabelecer e implementar um sistema de gestão de segurança e de saúde”, declarou o Ministério do Emprego e Trabalho ao Rest of World.

“É uma responsabilidade fundamental do Estado proteger a vida e a segurança dos trabalhadores”, considerou ainda aquele organismo.

Taísa Pagno //

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3 Comments

  1. O tiro saíu pela culatra.. as empresas agora, em vez de darem melhores condições de trabalho e de segurança aos funcionários, reduzem o número de postos de trabalho disponíveis devido a uma maior automatização. Conseguem melhores rendimentos e despedem mais pessoas.

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