O ministério público de Espanha pede um total de 10 anos e meio de prisão para o futebolista camaronês Samuel Eto’o e para o seu representante, José Maria Mesalles, por fraude fiscal.
Na acusação, o procurador solicita o julgamento do ex-avançado do FC Barcelona e do seu agente José Maria Mesalles, bem como do administrador da sociedade húngara Tradesport e Marketing, KFT, Manuel de Jesus Lastre, que terá facilitado a prática de fraude equivalente a cerca de 3,8 milhões de euros (ME) em quatro anos.
O procurador explica que o agora jogador do Antalyaspor, da Turquia, teve nos anos fiscais de 2006 a 2009 receitas significativas provenientes da venda de direitos de imagem à marca desportiva Puma e ao FC Barcelona, que deveriam ter sido tributadas em sede de IRS e que o jogador não declarou.
Eto’o terá simulado a cedência dos direitos a duas sociedades sediadas na Hungria e em Espanha, evitando a tributação de rendimentos no primeiro caso e sujeitando-o no segundo a uma taxa muito inferior à que correspondia no IRS.
O ministério público calcula que as verbas desviadas do fisco durante aqueles quatro anos sejam de 504.003, 1.283.653, 1.138.000 e 946.965 euros e exige que ambos os acusados as restituam de forma conjunta.
Pela fraude, o procurador solicita multas de 800 mil euros, 5,2 ME, 4,5 ME e 3,8 ME, respetivamente, enquanto a sanção pedida para o terceiro réu ascende a 2,25 ME.
Quanto às penas enfrentadas por Eto’o e pelo seu representante, o promotor pede um ano e seis meses de prisão por fraude fiscal relativo a 2006, e três anos de prisão para as infrações respeitantes aos anos de 2007, 2008 e 2009.
Para o representante da empresa Tradesport and Marketing, KFT, solicita oito meses de prisão pela fraude de 2006 e penas de um ano e oito meses por cada um dos delitos cometidos em 2007, 2008 e 2009.
Eto’o alinha atualmente no Antalyaspor, mas jogou no FC Barcelona entre 2004 e 2009, e tornou-se um dos melhores jogadores do mundo nesse período.
Futebol365 / Lusa