Dois estudantes portugueses estão detidos na Indonésia por suspeitas de tráfico de droga. O Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a acompanhar a situação. Os dois jovens arriscam a pena de morte.
A SIC Notícias avança que os dois estudantes foram detidos no domingo e que está em causa o crime de tráfico de droga.
Na Indonésia, este crime é punido com a pena de morte. Muitas vezes, os traficantes condenados são executados por pelotões de fuzilamento.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português informa a Lusa que está a acompanhar a situação e a preparar uma visita prisional a Jacarta, para avaliar o caso dos dois estudantes.
Os dois jovens têm entre 20 e 30 anos e são estudantes universitários, segundo apurou a SIC.
A RTP apurou que os dois jovens são naturais da Madeira e que foram apanhados com dois quilos de cocaína.
A SIC adianta ainda que pode haver um terceiro português envolvido no caso.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros não divulga a identidade dos estudantes, nem as causas da detenção.
Condenações por droga dominam no corredor da morte
Na semana passada, as autoridades indonésias também detiveram um cidadão brasileiro e mais quatro nigerianos por tentarem, alegadamente, entrar com droga no país.
A Indonésia é um país muito apelativo para traficantes por ter “5,6 milhões de consumidores de drogas”, segundo dados da Agência Nacional de Narcóticos da Indonésia citados pela agência de notícias Associated Press (AP).
O país com 270 milhões de habitantes tem medidas punitivas muito severas para os crimes relacionados com a droga. O tráfico pode ser punido com a pena de morte, tendo como pena mínima cinco anos de prisão.
A maioria dos condenados que estão no corredor da morte, à espera de execução nas prisões da Indonésia, foram considerados culpados por crimes relacionados com droga. E “um terço deles são estrangeiros“, segundo a AP.
A última execução na Indonésia ocorreu em 2016 – um cidadão indonésio e três estrangeiros foram executados por um pelotão de fuzilamento, como nota ainda a AP.
ZAP // Lusa