4 Estados votaram Trump e a favor do aborto. Futuro presidente faz o pleno nos “swing”

Cristobal Herrera-Ulashkevich/EPA

Donald Trump e Melania Trump

Missouri, Montana, Nevada e Arizona: todos com votações curiosas. Os 7 Estados em que havia dúvidas não deixaram dúvidas.

Havia dúvidas em 7 Estados, mas não ficaram dúvidas: o Partido Republicano ganhou em todos.

Donald Trump venceu no Arizona, triunfando em todos os Estados considerados decisivos na corrida à Casa Branca, de acordo com projeções divulgadas no sábado.

O Arizona junta-se aos restantes swing states destas eleições — Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Nevada — onde Trump também venceu nas eleições de terça-feira, com 312 votos eleitorais contra os 226 da candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris.

Trump inverte assim o resultado obtido no Arizona em 2020, quando o Presidente do país, Joe Biden, venceu por 10.457 votos na batalha eleitoral mais renhida entre os Estados desse ano.

O Arizona é historicamente de tendência republicana — a vitória de Biden foi a segunda de um candidato democrata nos últimos 28 anos — mas o rápido crescimento da população latina e as divisões no seio dos republicanos nesse estado complicaram a reconquista.

Trump e aborto

Dois desses Estados, Nevada e precisamente Arizona, preferiram Donald Trump, mas também aprovaram medidas para expandir os direitos ao aborto. Isto no ano passado.

No ano seguinte, juntam-se a Colorado, Nova Iorque, Maryland, Missouri e Montana como os estados que elegeram o candidato que é contra o aborto, destaca o Axios. Todos votaram em Trump, por maioria.

Kelly Baden, do Instituto Guttmacher, explica que os eleitores continuam a dar prioridade ao acesso ao aborto, mas muitos não associam esta questão a posicionamentos políticos mais amplos.

Em cinco desses estados (Colorado, Maryland, Montana, Nevada e Nova York) já existe aborto, já é legal.

Agora, com domínio Republicano, especialistas temem restrições ao aborto a nível nacional e que a futura administração da Casa Branca possa restringir medicamentos e procedimentos de aborto – e pode afectar Estados que já têm protecções estabelecidas.

Os eleitores desses Estados podem até parar de realizar abortos se “enfrentassem uma possível criminalização”, avisa a especialista Baden.

ZAP // Lusa

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