Mais de 600 garrafas de cerveja com cerca de 140 anos foram encontradas no Reino Unido. Muitas ainda continham cerveja, que estava contaminada com elevados níveis de chumbo.
Uma equipa de arqueólogos encontrou mais de 600 garrafas de cerveja enterradas, no Reino Unido, no local de uma antiga cervejaria da era vitoriana. Os investigadores analisaram a cerveja dentro das garrafas e verificaram que continha concentrações perigosas de chumbo.
De acordo com o jornal britânico Yorkshire Evening Post, a descoberta deu-se numa altura em que se planeia construir um bairro residencial nesta localização. Lá está localizada a cervejaria Tetley, que data do reinado da rainha Vitória, mas cujo local em si remonta à era medieval inglesa.
Os investigadores acreditam que as garrafas têm cerca de 140 anos. Uma variedade de marcas foi encontrada na pilha de garrafas, mas a maioria estava identificada como “J. E. Richardson, de Leeds”, escreve o Gizmodo.
Muitas das garrafas ainda continham líquido, que inicialmente os arqueólogos pensaram tratar-se de cerveja de gengibre. Para tirara as dúvidas, enviaram amostras para análise em laboratório.
“Lembram-se das garrafas que encontramos? Bem, a análise voltou!”, escreveu o grupo de arqueologia numa publicação no Facebook, no dia 20 de março. Ao contrário do que pensavam, era mesmo cerveja. Todavia, apresentava elevados níveis de chumbo, que a tornavam tóxica.
“Esta cerveja teria sido prejudicial à saúde”, escreveu a equipa de arqueólogos nas redes sociais. “Suspeitamos que isto seja resultado da água proveniente dos tubos de chumbo“. Esta água terá então sido usada para fabricar a cerveja, numa altura em que os tubos de chumbo eram latamente usados no Reino Unido.
Só mais tarde é que as pessoas começaram a perceber os perigos para a saúde do excesso de chumba na água potável. O consumo excessivo de chumbo pode levar a problemas cardiovasculares, enfraquecimento dos rins e problemas de fertilidade em homens e mulheres.