Dragão falha assalto à liderança

José Coelho / Lusa

O Porto entrou para o jogo em Famalicão sabendo que uma vitória colocaria a equipa com os mesmos 33 pontos que o líder Sporting. Contudo, o empate final coloca, ao invés, a equipa no terceiro lugar, empatado com o Benfica, mas em desvantagem no confronto directo e nos golos.

O “Fama” marcou na única oportunidade que teve no primeiro tempo, o “dragão” reagiu bem no segundo tempo e chegou mesmo a dar a volta ao marcador, mas o futebol é uma caixinha de surpresas.

Quase só deu Porto no primeiro tempo. Muita bola, cruzamentos (14 na primeira parte, metade eficazes), acções na área contrária, mas o “dragão” pecou no mais importante, na eficácia de remate, somando somente um enquadrado em oito.

Ao invés, o Famalicão fez valer aquela que foi a sua única verdadeira oportunidade, com Óscar Aranda a aproveitar uma defesa incompleta de Diogo Costa para fazer o único tento da etapa inicial.

O Porto começou a segunda parte de rompante, com Samu a empatar a partida aos 52 minutos. O Famalicão estava a sentir muitas dificuldades para sair e travar a velocidade e boas combinações portistas, mas então veio o lance que marcou a partida.

Galeno deu a Samu a possibilidade de dar a volta ao marcador e conseguiu-o, porém, após revisão do VAR, o árbitro anulou o bis do espanhol por braço de Pepê na área do FC Porto, uns momentos antes.

Golo anulado e penálti para o Famalicão, que poderia por os minhotos de novo na frente do resultado; porém, Aranda permitiu a defesa de Diogo Costa e tudo ficou na mesma: 1-1.

O Jogo em 5 Factos

1. Cruzar em busca da felicidade

Isto foi o que o Porto fez. Os “dragões” usaram os cruzamentos de bola corrida como forma de fazerem golo, terminando com 22 (9 eficazes), novo máximo da equipa no campeonato, bem acima da média de 12 por jogo até aqui.

2. Dois recordes seguidos

Na jornada transacta falámos da “atitude” dos jogadores portistas, que fixaram novo máximo de duelos individuais ganhos (60) ante o Casa Pia. Em Famalicão, os “dragões” mantiveram a bitola e fixaram mais uma vez o valor mais alto de duelos vencidos, desta feita com 62.

3. “Dragão” faltoso

Outra prova dessa “atitude” portista foi o número de faltas que os “azuis-e-brancos” cometeram neste desafio. Ao todo foram 19, novo máximo da equipa na Liga, quando a média era de cerca de 14 por desafio. Eustaquio fez seis e igualou o máximo de um jogador numa só partida.

4. Porto conquista área minhota

A pressão portista foi constante e esse facto originou um elevado número de acções com bola na área contrária, no total 40. Em comparação, o Famalicão não passou das seis na outra extremidade do campo.

5. Pressão portista

O sentido quase único do jogo fica também patente no número de acções defensivas no meio-campo contrário. O Porto pressionou bastante e acumulou 20, contra sete do “Fama”.

Melhor em Campo

O central azul e branco Otávio foi fundamental nesta partida, muito por culpa da sua grande velocidade, que lhe permitiu anular contra-ataques venenosos por parte do Famalicão.

O brasileiro foi o melhor em campo, com dois passes para finalização, 92% de eficácia nas entregas, 13 passes progressivos (máximo), o valor mais alto de acções com bola (96), dois duelos aéreos defensivos ganhos em quatro, nove recuperações de posse (valor mais elevado), três intercepções e um corte decisivo.

Resumo

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