Dois novos casos de legionella diagnosticados no Grande Porto

Mais duas pessoas foram diagnosticadas com legionella, esta segunda-feira, na região do Grande Porto, elevando para 87 o número de casos identificados desde o início do surto.

Fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) informou que um dos pacientes deu entrada no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, onde estão agora internadas duas pessoas, das 29 que receberam assistência na unidade, onde se registou duas mortes.

O outro caso foi diagnosticado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que verificou uma diminuição nos internamentos, que agora são nove, entre as 48 pessoas que deram ali entrada com a doença, tendo se registado sete óbitos.

No Hospital de São João, no Porto, que já recebeu 10 pessoas com legionella, continuam internadas três pessoas, sendo que uma está em enfermaria e duas na unidade de cuidados intensivos.

No total, desde o início do surto, a 29 de outubro, 87 pessoas dos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim contraíram legionella, 14 continuam internadas e nove morreram devido a complicações associadas com a doença.

Desde a semana passada que, por indicação das Autoridades de Saúde, uma das torres de refrigeração da fábrica de laticínios Longa Vida, em Matosinhos, se encontra desligada, tendo nas análises efetuadas na infraestrutura sido detetada a presença de legionella.

Contudo, a empresa diz que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu a região do Grande Porto, e garantiu que a deteção desta bactéria “não impacta a qualidade e a segurança dos produtos”.

O Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria Legionella pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

// Lusa

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