Uma portuguesa vai receber cerca de 3,6 milhões de euros de indemnização da empresa Disney Cruise Line, por ter sido considerada apta para trabalhar, apesar de ter partido três costelas.
De acordo com o Diário de Notícias, a Disney Cruise Line foi condenada a pagar quatro milhões de dólares, cerca de 3,6 milhões de euros, a uma ex-funcionária portuguesa devido a uma lesão, determinou o juiz do Condado de Brevard, na Florida.
Maria Ana Reis Martins foi atropelada em Nassau, nas Bahamas, quando viajava desde Port Canaveral, na Florida, para as Caraíbas, e partiu três costelas. No entanto, a equipa médica do navio não diagnosticou qualquer fratura e deu-a como apta para trabalhar.
Segundo o jornal, que cita o Miami Herald, a portuguesa continuou a servir às mesas durante dez dias. Entretanto, um médico na Florida diagnosticou as fraturas e a empresa mandou-a para a casa, em Portugal, para receber tratamento durante cinco meses.
A portuguesa voltou a trabalhar no navio, em abril de 2014, mas foi forçada a deixá-lo um mês depois, depois de se queixar novamente de dores nas costelas, tendo voltado a território português, onde lhe foi diagnosticada uma lesão nos nervos.
Em dezembro de 2015, a ex-funcionária processou a empresa. O seu advogado, Julio Ayala, argumentou que a Disney Cruise Line tinha sido negligente e que não prestou o atendimento médico adequado. A companhia de cruzeiros, por sua vez, alegou que tinha cumprido os seus deveres de cuidados sob as leis marítimas.
No passado diz 19 de dezembro, os jurados decidiram que a Disney Cruise Line tinha de pagar a Maria Ana Reis Martins quatro milhões de dólares: um milhão de dólares por dor e sofrimento, dois milhões de dólares por danos patrimoniais e um milhão de dólares de punição. O mesmo jornal norte-americano refere que o juiz atribuiu 70% de negligência à empresa e 30% à funcionária.