Os serviços secretos iranianos detiveram Abdelnaser Qardash, considerado o possível sucessor do antigo líder do grupo jihadista Abu Bakr al Baghdadi.
Os serviços secretos do Iraque detiveram um importante líder do Daesh, identificado como Abdelnaser Qardash, considerado o possível sucessor do antigo líder do grupo jihadista Abu Bakr al Baghdadi, que morreu em 2019.
Uma fonte da segurança citada pela agência INA afirmou que se conseguiu prender Qardash, “candidato” a ser o “califa”, depois da morte de Al Baghdadi em outubro de 2019.
A agência de notícias estatal acrescentou que Qardash preside atualmente a um comité de “grupos terroristas” do Daesh, que atuou nas fileiras extremistas há muito tempo e foi militante da Al Qaeda sob o comando de Abu Mosab al Zarqaui.
Qardash também participou na batalha de Al Baguz em março de 2019, quando a organização perdeu o último reduto na Síria e o projeto de um “califado” que se estendia desde o Iraque foi enterrado.
A INA e a televisão estatal Al Iraquiya consideraram Qardash como um possível sucessor de Al Baghdadi, embora após a morte deste o Daesh tenha anunciado a nomeação de Abu Ibrahim Al Qurashi como o novo “emir dos crentes e califa dos ‘jihadistas'”.
No entanto, Al Qurashi nunca apareceu numa gravação de voz ou vídeo transmitida através dos meios de propaganda do Daesh, como Al Bagdadi tinha feito anteriormente em algumas ocasiões.
A aparência e localização de Al Qurashi permaneceram em segredo até agora e os serviços secretos ocidentais têm dúvidas sobre a autenticidade do seu nome, uma vez que não corresponde com a de nenhum comandante conhecido de Al Baghdadi.
Abdullah Qardash é um dos nomes atribuídos ao novo líder do Daesh no Iraque, onde o grupo extremista intensificou as suas operações nas últimas semanas, coincidindo com o mês sagrado muçulmano do Ramadão.
As forças de segurança e serviços secretos iraquianos tinham informações há semanas sobre a presença do líder no Iraque e estavam a rastrear a sua localização, segundo indicaram à Efe no início de maio fontes do Comando de Operações Conjuntas das Forças Iraquianas.
// Lusa