Uma equipa internacional de cientistas descobriu um exoplaneta gasoso gigante (o GJ 3512 b), semelhante a Júpiter, a orbitar uma estrela anã vermelha. Descobrir planetas para lá do Sistema Solar é relativamente comum, mas este planeta é especial, desafiando os modelos de formação planetária.
Para descobrir este mundo, os cientistas analisaram a estrela GJ 3512, localizada a 31 anos-luz da Terra. Esta estrela é mais leve, mais pequena e menos brilhante do que o Sol.
As anãs vermelhas, recorde-se, são as estrelas mais comuns do Universo e representam mais de 70% de todos os “sóis”. Apesar de serem tão comuns, apenas 10% dos 4.000 exoplanetas já descobertos orbitam em torno destas estrelas.
Em torno da GJ 3512, a equipa encontrou um enorme planeta de gás, o GJ 3512b, cuja massa é quase metade da de Júpiter. Este exoplaneta orbita a sua estrela a uma distância semelhante à existente entre a Terra e o Sol.
De acordo com as estimativas dos cientistas, que publicaram recentemente os resultados da investigação na revista Science, GJ 3512 é apenas 40% maior do que o GJ 3512b.
“Em comparação, o Sol é cerca de 10 vezes maior do que Júpiter”, disse Juan Carlos Morales, membro do Instituto de Ciências Espaciais da Espanha e autor principal do estudo.
Por norma, e de acordo com a teoria da formação planetárias, as estrelas anãs abrigam pequenos planetas, como a Terra ou Neptuno, explicou o cientista. Por esse mesmo motivo, continuou, a descoberta de um gigante gasoso em torno de uma pequena estrela desafia os modelos que explicam como os planetas se formam.
Na prática, e segundo os modelos atuais, este planeta não devia existir. A descoberta “é entusiasmante, porque perguntávamo-nos há muito tempo se planetas gigantes como Júpiter e Saturno se poderiam formar em torno de estrelas tão pequenas”, explicou o professor Peter Wheatley, que não participou nesta investigação, em declarações à BBC.
Até então, acreditava-se que planetas gigantes gasoso como Júpiter ou Saturno eram formados a partir de núcleo rochosos que acumulam gás. Contudo, a nova descoberta sugere estes mesmo gigantes gasosos se formam após a rutura de fragmentos do disco protoplanetário em torno da estrela.
Maravilha…
As anãs vermelhas representam 70% de todos os sóis….
Por acaso sabem quantos sóis existem na totalidade?
O que é que não está sendo revelado?!