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Champions. O viking norueguês, a revolta de Neymar e a lição tática do “Cholismo”

Haaland foi a estrela da noite ao marcar os dois golos da vitória do Dortmund frente ao PSG. O Atlético de Madrid conseguiu ainda quebrar a invencibilidade do Liverpool.

A Liga dos Campeões está de volta e não podia ter recomeçado de melhor forma possível. Esta terça-feira jogaram-se os dois primeiros jogos dos oitavos-de-final: o Dortmund recebeu e venceu o PSG, por 2-1, e os campeões europeus em título saíram derrotados, por 1-0, de casa do Atlético de Madrid.

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A figura da noite foi Erling Braut Haaland, o jovem noruguês do Dortmund de apenas 19 anos, que marcou os dois golos da vitória e soma número impressionantes desde que chegou ao emblema alemão neste mercado de inverno. O viking levou a melhor sobre Mbappé, a outra jovem promessa que estava do outro lado do terreno.

Haaland é já o melhor marcado da Liga dos Campeões, a par de Lewandowski, com dez golos em apenas sete jogos. Oito desses golos foram conseguidos ainda no RB Salzburgo, neste que é a sua época de estreia na maior competição europeia de futebol.

Recorde-se que, na Bundesliga, Haaland fez cinco golos nos primeiros 59 minutos ao serviço do Dortmund. Ao todo são agora 11 golos em apenas sete partidas. Mas mais impressionante ainda é o facto de ter feito apenas 440 minutos. Feitas as contas, o avançado leva um golo a cada 40 minutos.

Esta temporada, entre Salzburgo e Dortmund, o nórdico soma 39 golos e seis hat-tricks. Além disso, tornou-se no segundo jogador mais novo de sempre a chegar aos dez golos na Liga dos Campeões, sendo apenas superado por, precisamente, Kylian Mbappé. Por outro lado, foi o único jovem a conseguir marcar dez golos numa só campanha da Champions.

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O jogo ficou ainda marcado pelo regresso de Neymar à Champions, que culminou com um golo aos 75 minutos. No entanto, no final da partida, o jogador brasileiro culpou o clube pela falta de ritmo que acusa.

“É muito difícil estar quatro partidas sem jogar, mas infelizmente não foi uma decisão minha. A decisão foi totalmente do clube e dos médicos. Eles tomaram essa decisão e eu não gostei“, disse à RMC Sports.

“Tivemos discussões suficientes sobre esta decisões, porque eu sempre quis jogar. Senti-me bem, mas o clube estava com medo. No final, fui eu quem sofreu mais. Entendo o sofrimento parcial do clube, porque não pode contar comigo nos oitavos de final da Champions dois anos. Respeito as decisões do clube, mas não pode ser assim, porque o jogador sofre”, disse Neymar.

Invencibilidade de Klopp quebrada

No outro jogo da noite, o Liverpool, campeão europeu em título, não conseguiu quebrar a barreira defensiva do Atlético de Madrid e acabou mesmo por sair derrotado do Wanda Metropolitano. Um golo madrugador de Saúl Ñiguez, aos 4 minutos, foi o suficiente para dar a vitória aos ‘colchoneros’.

Sem contar com o jogo com o Aston Villa, no dia 17 de dezembro, em que o Liverpool teve de jogar com as reservas, já que a equipa principal estava a disputar o Mundial de Clubes, o Liverpool já não perdia há seis meses. A última derrota tinha sido frente ao Nápoles, por 2-0, numa partida a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Para a Premier League, os ‘reds’ continuam invencíveis.

A verdade é que, embora a equipa de Jurgen Klopp tenha controlado a posse de bola durante grande parte do encontro, nunca conseguiu aproveitá-la para criar ocasiões de perigo. As estatísticas não mentem: o Liverpool terminou o jogo com 73% da posse de bola, mas não teve qualquer remate enquadrado com a baliza.

Os adeptos do Atlético de Madrid bem podem agradecer ao esquema tático montado por Diego ‘El Cholo’ Simeone. Os madrilenos são conhecidos pela sua enorme capacidade defensiva e mostraram-se capazes de neutralizar até o mais temível dos adversários.

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Simeone ia partilhando funções de líder da claque e treinador, mas isso não o impediu de manter o jogo sob controlo. O trio atacante de Salah, Firmino e Mané nada conseguiu fazer e Klopp fez questão de mostrar o seu descontentamento. Sadio Mané não regressou a campo na segunda parte — dando lugar a Divock Origi — e Mohamed Salah saiu aos 72 minutos para dar lugar a Oxlade-Chamberlain.

Na segunda mão, o Liverpool terá de puxar dos galões se realmente quer desconstruir o ‘Cholismo’ do Atlético de Madrid. A jogar no Kop, o emblema britânico vai fazer de tudo para continuar a caminhada para renovar o título de campeão europeu.

DC, ZAP //

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