CEO demissionária da TAP ainda pode receber bónus de 600 mil euros

José Sena Goulão/Lusa

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP

Dado o facto de a TAP ter obtido lucros antes do previsto, a ainda CEO tem direito a um bónus equivalente a 120% do seu salário anual ainda este ano.

Os lucros obtidos pela TAP em 2022 significam que Christine Ourmières-Widener ainda pode receber um prémio de 604 800 euros, equivalente a 120% do seu salário anual, escreve o Correio da Manhã.

Este bónus já estava previsto no contrato que a gestora francesa assinou com a TAP a 8 de junho de 2021, que define que o valor varia de acordo com o cumprimento das metas da empresa.

Em 2022, a TAP conseguiu um lucro de 65,6 milhões de euros, sendo que estava previsto obter lucros apenas em 2025. João Galamba, Ministro das Infraestruturas, disse esta quarta-feira que os resultados “superam todas as expectativas, a receita ficou 200 milhões acima do esperado e os lucros não foram maiores devido à crise energética”.

Sobre o pagamento do bónus, Galamba remete para as palavras de Fernando Medina na conferência de imprensa onde foi anunciada a demissão da CEO e do chairman, Manuel Beja, no âmbito do relatório da Inspeção-Geral das Finanças que concluiu que a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis foi ilegal.

“Eu e o ministro das Finanças [Fernando Medina] dissemos, na conferência de imprensa que o Estado pagará o que tiver a pagar e não pagará o que não tiver a pagar”, refere.

O contrato define que, caso a TAP ultrapasse as expectativas anuais, a CEO tem direito a um bónus máximo de 120% da sua remenuração anual. Christine Ourmières-Widener recebe 504 mil euros por ano, sendo que um bónus de 120% desse valor corresponde a 604 800 euros. Caso a gestora ultrapassasse as metas nos cinco anos de execução do plano de reestruturação, poderia ter recebido mais de três milhões de euros em bónus.

ZAP //

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