A mulher do antigo presidente do BPP, Maria de Jesus Rendeiro, foi detida, esta quarta-feira, na sequência de um mandado de detenção emitido pelas autoridades.
Durante a manhã, a RTP avançou que foi emitido um mandado de detenção dirigido à mulher de João Rendeiro, uma vez que as autoridades suspeitavam que existisse perigo de fuga. Entretanto, de acordo com a SIC Notícias, a detenção de Maria de Jesus Rendeiro ocorreu esta manhã.
“Por se ter considerado existir um forte perigo de fuga, para a aquisição e conservação da prova e para a descoberta da verdade, contra uma suspeita foram emitidos e cumpridos mandados de detenção para ser apresentada, no prazo de 48 horas, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas de coação adequadas”, lê-se no comunicado emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e citado pelo canal televisivo.
A detenção da mulher do antigo presidente do BPP acontece no mesmo dia em que dezenas de inspetores da Polícia Judiciária (PJ) estão a fazer buscas na casa de Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, mas também na casa do seu filho, também chamado Florêncio de Almeida, que foi motorista de João Rendeiro durante vários anos, por suspeitas do crime de branqueamento de capitais, avançaram a TVI e a RTP.
Em causa estão suspeitas da relação entre a família do presidente da ANTRAL e da família do antigo presidente do BPP na aquisição de imóveis.
De acordo com a TVI, está em causa sobretudo o facto de o filho do presidente da ANTRAL ter comprado um apartamento na Quinta Patino, em Cascais, junto à mansão do patrão, por 1,1 milhões de euros, a pronto pagamento, tendo depois cedido o usufruto do mesmo à mulher de Rendeiro, Maria de Jesus Rendeiro.
No caso do pai, conhecido como “o rei dos táxis”, está a ser investigado outro negócio que também poderá ter sido simulado: a compra de uma casa da família Rendeiro, em 2015, por um valor abaixo dos preços de mercado e que foi revendida três anos depois por cinco vezes mais.
A casa na Quinta Patiño também está a ser alvo de buscas. A mulher de Rendeiro é suspeita no mesmo processo, não só pela alegada conivência nestes esquemas, mas também por ter permitido, enquanto fiel depositária, que o marido vendesse obras de arte que estavam apreendidas pela justiça, trocando as mesmas por outras que terão sido falsificadas.
Segundo o jornal Público, Maria de Jesus Rendeiro foi condenada a pagar 1020 euros de multa pelo desaparecimento de 12 das 124 obras que foram arrestadas ao marido e que estavam à sua guarda.
Maria de Jesus Rendeiro foi condenada a pagar 1020 euros de multa pelo desaparecimento de 12 das 124 obras
Só ?????
Coitadinha, como é que ela vai pagar a multa???
Com uma parcela muito pequena do dinheiro da venda de um dos quadros.
Não dá em nada, estão a lidar com poderosos ricos, ou melhor com corruptos.
“1020 euros de multa”. !!!!!
Não é só o povo que é de brandos costumes, os juízes também…
Como foi possível tanta corrupção se que ninguém fizesse nada?
Que bandalhos, não servem mesmo para nada :/
1020 euros de multa pelo desaparecimento de 12 das 124 obras? Qual o valor das obras desaparecidas? Este deve ser o valor das cópias, não?
Espero que isto não seja só fachada, e que não saia em liberdade, enquanto as obras verdadeiras não aparecerem.
É ainda pior: se as cópias forem boas, e são certamente, o valor de cada uma pode ser maior que isso.
A sério: o último a sair que apague a luz (até por causa da ‘sustentabilidade’)… e isto assume de vez a função de bordel para estrangeiros.
85€ por obra, é obra! Mas, se foi presa e ficar lá até pelo menos o queridíssimo marido aparecer, isso sim, é que era justiça.
A ver vamos
O crime não compensa!!!
A justiça portuguesa no seu melhor.
O atraso deste país em relação aos países mais desenvolvidos da Europa se deve essencialmente ao subdesenvolvimento da nossa justiça.