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Canibalismo é observado pela primeira vez em espécie de macacos

Uma equipa de investigadores observou um caso de canibalismo em macacos-prego selvagens de cara branca. No estudo, os especialistas descrevem um incidente no qual membros desta espécie consumiram restos mortais de uma cria de 10 dias.

Como observam os investigadores, o canibalismo tem sido observado numa ampla variedade de animais, embora seja raro em mamíferos.

Contudo, enquanto realizavam pesquisas para um estudo sobre os capuchinhos-de-cara-branca no Parque Nacional Santa Rosa, na Costa Rica, viram um bebé de 10 dias cair de uma árvore. A mãe correu de imediato para o socorrer, mas não conseguiu reanimá-lo, pois quando chegou a cria já estava morta.

Perante esta situação, e de acordo com os relatos da equipa, a mãe afastou-se do bebé, deixando-o no chão da floresta. Poucos minutos depois, um macaco de dois anos aproximou-se do bebé morto e começou a mordiscar os seus dedos. Porém, o predador não estava sozinho, uma vez que foi acompanhado por uma fêmea alfa de 23 anos que também mastigou partes do corpo do bebé.

Segundo os especialistas, o canibalismo já foi observado em outros animais em épocas de escassez de alimentos, mas este não era o caso dos macacos que estavam a ser estudados. A equipa indica que na maioria das vezes, quando um jovem macaco-prego morre, a mãe o carrega para a floresta, longe de outros membros do grupo.

Neste caso especifico, a mãe era muito jovem e parecia não saber o que fazer quando descobriu que o seu filho estava morto – isso pode explicar a razão dos outros membros do grupo decidirem comê-lo, revela o Phys.

A equipa realça que o canibalismo é raro entre os primatas porque traz o risco de doenças, sendo que esta situação em macacos-prego foi observada pela primeira vez na espécie.

Notavelmente, o jovem macho e a fêmea mais velha não consumiram inteiramente a carcaça do bebé – depois de comer as suas mãos e as extremidades inferiores, os animais deixaram-na no chão da floresta. Em seguida, os especialistas retiraram o corpo para fins científicos.

O estudo foi publicado no jornal Ecology and Evolution no passado mês de outubro.

ZAP //

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