BCE desceu taxas de juro. Mas que diferença faz ao pagar a casa?

World Economic Forum / Flickr

Christine Lagarde

Decisão confirmada nesta quinta-feira. São boas notícias para quem tem crédito à habitação – mas a prestação não vai descer muito.

O Banco Central Europeu (BCE) desceu em 25 pontos base as três taxas de juro directoras.

A taxa fixa de operações principais de refinanciamento recuou para 4,25%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez desceu para 4,5% e a de facilidade permanente de depósito para 3,75%.

Ou seja, praticamente dois anos depois de uma escalada recorde dos juros, há uma taxa abaixo da barreira inédita dos 4% (a da facilidade permanente de depósito).

A decisão anunciada nesta quinta-feira, depois da reunião do BCE em Frankfurt (Alemanha), já era esperada.

Após subidas consecutivas, nas últimas reuniões a decisão foi manter e, ainda há duas semanas, surgiu um sinal claro que o cenário económico na Europa estava pronto para as taxas de juro descerem.

O BCE antecipou-se ao Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos da América e ao Banco de Inglaterra, outros grandes bancos centrais.

São boas notícias para quem está, por exemplo, a pagar crédito à habitação – mas a diferença é modesta, pelo menos para já.

Num empréstimo de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos, na próxima actualização do contrato, a mensalidade deverá descer entre 16 e cerca de 30 euros, não mais. Depende se é um contrato Euribor a três, seis ou 12 meses.

Além disso, a descida na prestação da casa deverá demorar muito mais do que demorou a subir.

É a primeira descida dos juros do BCE desde 2019; embora noutra escala.

Mas o banco avisou que as taxas de juro directoras vão continuar a ser “restritivas enquanto for necessário”.

E não garante que esta descida seja sinónimo de trajectória de descidas nos próximos tempos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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