Ataque contra hospital dos Médicos Sem Fronteiras mata último pediatra em Aleppo

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Muhammad Waseem Maaz, o último pediatra na zona de Alepo controlada pela oposição

Muhammad Waseem Maaz, o último pediatra na zona de Alepo controlada pela oposição

Quase 30 pessoas morreram num bombardeamento do governo sírio contra um hospital gerido pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Alepo, a segunda maior cidade do país, esta quarta-feira à noite.

Os bombardeamentos contra o hospital Al-Quds provocaram pelo menos 27 mortos, e outras 30 pessoas morreram noutros ataques coordenados na cidade.

O balanço inicial foi divulgado pelo Aleppo Media Center, uma plataforma de jornalistas e fotógrafos do município, que está há seis dias sob ataque das forças do regime de Bashar al Assad.

Entre as vítimas mortais no hospital estavam pelo menos três crianças e o último médico pediatra que restava na zona de Aleppo controlada pela oposição.

“Os Médicos Sem Fronteiras condenam esse vergonhoso ataque, que atinge mais uma estrutura de saúde na Síria. Este ataque devastador destruiu um hospital vital para Alepo e que era também o principal centro pediátrico da área. Onde está a indignação de quem tem o poder e o dever de interromper este massacre?”, questionou Muskilda Zancada, chefe da missão da MSF no país árabe.

A violência aumentou nas últimas semanas em Alepo, apesar de se encontrar formalmente em vigor um cessar-fogo entre o governo de Damasco e a Comissão Suprema para as Negociações, a principal aliança dos grupos da oposição.

Pelo menos 139 civis morreram, entre os quais 23 menores, desde o passado dia 22 de abril de acordo com as informações recolhidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

O enviado das Nações Unidas Jan Egeland, citado pela BBC, afirma que a situação na cidade síria de Alepo é “catastrófica“.

Desde novembro, pelo menos quatro estruturas da ONG foram bombardeadas, sendo duas delas na Síria, outra no Iémen e uma no Afeganistão. A cidade e a província de Alepo eram controladas pela Frente al Nusra, braço da Al Qaeda no país árabe, mas passaram a sofrer fortes ataques das forças de Assad, apoiadas pela Rússia.

Agência Brasil

4 Comments

    • Não entendes?!
      É simples:, se estão do lado dos rebeldes, estão contra o governo sírio (apoiado pela Rússia), por isso, são inimigos – e já se se que para aquela “gente” (governo sírio e russos), não estão muito longe dos animais mais selvagens!
      Claro que do outro lado, não faltam também atrocidade cometidas por “gente” apoiados pelo ocidente (normalmente pelos EUA e pela Europa hipócrita)!!

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