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A arte rupestre mais antiga do mundo está a ser apagada pelas alterações climáticas

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Adam Brumm

Uma pintura rupestre numa gruta na ilha de Sulawesi, na Indonésia

É na ilha de Sulawesi, na Indonésia, que mora alguma da arte rupestre mais antiga do mundo, com mais de 45 mil anos. Mas as alterações climáticas estão a apagá-la.

De acordo com o site Live Science, uma nova investigação mostra que alguma da arte rupestre mais antiga do mundo está a deteriorar-se a um “ritmo alarmante” devido às alterações climáticas.

“As pinturas rupestres em Sulawesi e no Bornéu são algumas das primeiras evidências que temos de que as pessoas viviam nestas ilhas. Tragicamente, em quase todos os novos locais que encontramos nesta região, a arte rupestre está num estágio avançado de decadência”, escreveram os autores do estudo publicado, a 13 de maio, na revista científica Scientific Reports.

A equipa analisou algumas das pinturas mais antigas já conhecidas, que datam entre 20 mil a 40 mil anos, em 11 locais diferentes das cavernas Maros-Pangkep, em Sulawesi. Utilizando várias técnicas, os investigadores descobriram vestígios de sais, como sulfato de cálcio e cloreto de sódio, em três dos locais.

Além disso, também foram encontrados altos níveis de enxofre, um componente dos sais, nos 11 sítios analisados, o que sugere que são estes depósitos de sal que podem estar a causar esta deterioração.

Os autores do estudo sugerem que as mudanças constantes de temperatura e humidade, causadas por períodos alternados de chuvas sazonais e seca, criam as condições que promovem a formação destes cristais de sal.

Segundo destacam os cientistas, estas mudanças podem estar a ser aceleradas pelo aumento das temperaturas globais e da frequência de eventos climáticos extremos como o El Niño.

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9 Comments

      • Estou a falar do clima. Digam-me um ano na história do planeta Terra que o cito *clima* fosse igual de um ano para o outro sem alterações

          • Bem, voce claramente não sabe do que fala. Sempre que se fala de alterações climáticas, compara-se as estações do ano, por exemplo Janeiro de um ano, com Janeiro do ano seguinte. E é assim que se estuda as alterações climáticas.
            E volto a perguntar pela 3ª vez, em que altura do planeta Terra não houve alterações climáticas de ano para ano?

          • Caro leitor,
            Parece de facto insistir em confundir o clima com o tempo.
            É evidente que há variações de temperatura de ano para ano. O tempo que faz num verão é mais ou menos quente que no verão anterior. Num inverno fez mais ou menos frio ou chuva que no anterior. Isso é meteorologia, não climatologia.
            A climatologia analisa as variações de determinados parâmetros ao longo de anos ou décadas. O clima é o conjunto de condições atmosféricas que ocorrem HABITUALMENTE num dado local. O tempo muda de hoje para amanhã, deste verão para o anterior. O clima muda quando as condições registadas num determinado conjunto de anos é diferente das condições registadas nos anos anteriores.
            E é por isso que se pode ter, por exemplo, um verão mais quente do que o anterior num dado ano, e o clima desse local estar a arrefecer. Ou o seu contrário.
            Portanto, respondendo à sua pergunta: todos os anos desde a formação da Terra que *o tempo* é diferente do anterior. De vez em quando, *o clima* muda.
            Damos este assunto por encerrado.

          • O editor do ZAP tem razão. O clima não se mede à escala do ano. As alterações climáticas não se estudam comparando as estações do ano de dois anos consecutivos. Estudam-se comparando uma série longa de anos consecutivos.

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