Alemães vão ganhar corrida pela Efacec (com trunfo de peso para desarmar concorrente)

(dr) efacec.pt

O Conselho de Ministros vai decidir, nesta quinta-feira, quem ganha o concurso para a reprivatização de 71,73% da Efacec. Os alemães do Fundo Mutares deverão ser os grandes vencedores.

O jornal online Eco assegura que o Governo vai aprovar, em Conselho de Ministros, a venda de 71,73% da Efacec ao Fundo Mutares. Contudo, a compra ainda ficará dependente da aprovação posterior de um plano de reestruturação para a empresa, de acordo com a mesma publicação.

Além da Mutares, a outra candidatura favorita é do Fundo Oaktree. Mas o relatório da Parpública “acabou por tornar evidente ao Governo a selecção da Mutares”, nota o Eco.

O Fundo alemão também avança para a compra da Jayme da Costa, uma empresa industrial portuguesa que exerce uma actividade complementar à da Efacec.

O Jornal Económico nota que a oferta do Mutares para a Jayme da Costa refere-se à totalidade da empresa especializada em energias renováveis, com instalações em Vila Nova de Gaia.

A propriedade da Jayme da Costa é dividida em partes iguais pela sociedade gestora portuguesa CoRe Capital e pela Visabeira que também concorre à compra da Efacec num consórcio com a Sodecia.

Deste modo, os alemãos acabam por “desarmar” um concorrente directo, reforçando a sua candidatura para a compra da Efacec.

“Com a compra da Jayme da Costa, a alemã Mutares passar a ter um braço nacional nos sectores da energia e da engenharia industrial“, reforça o Económico.

Estado vai perder 159 milhões em ajudas à Efacec

Quanto à Efacec, depois da falha nas negociações com a construtora DST que desistiu do negócio devido às exigências impostas pela Comissão Europeia, desta vez, o Governo procurou “antecipar riscos”, refere o Eco.

Assim, o Governo desenvolveu as negociações com os candidatos “em paralelo com as discussões com Bruxelas” e com a Direcção Geral da Concorrência, acrescenta o jornal online.

As ajudas do Estado à Efacec “totalizaram os 159 milhões de euros”, segundo confirmou o ECO junto de fonte oficial das Finanças. O Estado já tem por certo que “vai perder este montante”, nota ainda.

Mas a exposição global do Estado à Efacec será da ordem dos 250 milhões de euros, segundo dados avançados recentemente pelo Expresso.

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