MI5 descobre agente chinesa infiltrada no Parlamento britânico

Os serviços de segurança interna do Reino Unido, MI5, alertaram hoje o Parlamento para a existência de “uma agente do Governo chinês” entre os deputados, que procura “prejudicar os processos”, revelou o deputado Ian Duncan Smith.

O antigo líder do Partido Conservador, um conhecido ativista contra o desrespeito dos direitos humanos da minoria uigure na China, revelou durante uma sessão que o presidente da Câmara dos Comuns escreveu aos deputados a avisá-los do alerta do MI5.

“Soube que o Presidente da Câmara foi contactado pelo MI5 e está agora a alertar os deputados de que tem havido uma agente do Governo chinês ativa no Parlamento, a trabalhar com um deputado, obviamente com o intuito de subverter os processos”, alertou o deputado conservador Iain Duncan Smith numa sessão parlamentar.

O deputado conservador considerou que “este é um assunto que causa grande preocupação”, manifestando receio que os seus contactos com opositores do regime comunista em Hong Kong sejam acedidos, apelando uma reforma da credenciação dos visitantes e questionando porque não está previsto que a pessoa em causa seja deportada.

Segundo a BBC, a alegado agente chinesa é Christine Ching Kui Lee, que deu donativos financeiros a deputados do Partido Trabalhista e dos Liberais Democratas, enquanto trabalhava para o Departamento de Trabalho da Frente Unida do Partido Comunista Chinês (PCC).

Um dos deputados, escreve a BBC, foi Barry Gardiner, do Partido Trabalhista, que recebeu mais de 420 mil libras em cinco anos. Gardiner argumenta, em sua defesa, que informou sempre o MI5 das doações que recebeu.

A ministra do Interior, Priti Patel, disse que é “profundamente preocupante” que alguém “que conscientemente se tenha envolvido em atividades de interferência política em nome do Partido Comunista Chinês tenha como alvo parlamentares”, mas disse que o Reino Unido tem medidas em vigor “para identificar interferências estrangeiras”.

Agora, Duncan Smith pediu uma atualização urgente do Governo sobre os abusos dos direitos humanos em Xinjiang.

ZAP // Lusa

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