ADSE alterou preços sem avisar

Denúncia da associação cívica 30 de Julho, uma semana depois da publicação da nova tabela. Grávidas passarão a pagar mais.

A associação cívica 30 de Julho denunciou nesta terça-feira a entrada em vigor da nova tabela de preços e regras do regime convencionado da ADSE, lamentando que os beneficiários não tenham recebido qualquer notificação ou esclarecimento prévio sobre a mesma.

“A associação 30 de Julho, associação nacional de beneficiários da ADSE, tomou conhecimento, através de queixas de associados e de diversos beneficiários, de que os prestadores convencionados estavam a informar que entrou em vigor, no dia 1 do corrente mês de abril, uma nova tabela de preços e regras do regime convencionado”, indicou hoje, em comunicado.

Após consultar o ‘site’ da ADSE, a associação verificou tratar-se da tabela de preços e regras do regime convencionado, lamentando que os beneficiários deste sistema não tenham recebido qualquer informação ou alerta sobre o mesmo.

A Associação 30 de Julho, criada em 2016 para defender os interesses dos beneficiários da ADSE, pede agora que as alterações e respetivos fundamentos da nova tabela sejam comunicados “com urgência” e de “forma clara”.

Segundo a mesma nota, a associação constatou ainda que os beneficiários do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) tiveram conhecimento destas alterações, antes dos “beneficiários titulares da ADSE” terem sido informados.

A associação vê assim com “estranheza e desagrado” que o Conselho Diretivo da ADSE não tenha ouvido os seus beneficiários, nomeadamente os que estão representados no Conselho Geral e de Supervisão.

Para a associação é “incompreensível, inaceitável e censurável” o que diz ser a “corrente atitude” do Conselho Diretivo, que classifica como “reveladora da falta de consideração e de respeito que merecem os beneficiários da ADSE, únicos financiadores do seu orçamento e pagadores dos vencimentos dos seus dirigentes”.

A Lusa contactou a ADSE, mas ainda não obteve resposta.

Grávidas pagam mais

Uma das alterações, adianta o jornal Público, está relacionada com os partos.

As grávidas que são beneficiárias da ADSE vão pagar mais pelos partos a partir de 1 de Maio.

Um parto normal passa de 196,6 para 232,8 euros (subida de 36,2 euros); um parto distócito sobe 68,4 euros, de 217,6 para 286 euros; uma cesariana sobe 45 euros e chega aos 345,6 euros.

A ideia é conseguir mais convenções com médicos obstetras e facilitar o acesso ao regime convencionado.

// Lusa

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