PSD castiga deputados da Madeira por aprovarem retificativo

Os deputados da Madeira e a ex-ministra Paula Teixeira da Cruz vão ser alvo de um processo disciplinar por votar de uma forma diferente à do partido em temas como o retificativo e a IVG.

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo da Madeira vão ser alvo de um processo disciplinar e perder os seus pelouros por votarem a favor do Orçamento Retificativo proposto pelo novo Governo, avança o Observador.

O líder da região autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque, tinha afirmado que, na altura, as orientações dadas aos deputados era para viabilizarem o orçamento, podendo votar a favor ou optando pela abstenção.

Esta seria a posição mais óbvia a tomar, uma vez que o Retificativo prevê uma solução para o Banif que assegura os depósitos e postos de trabalho na região.

Porém, segundo apurou o jornal online, no próprio dia da votação os deputados receberam orientações do governo regional para votarem a favor, indo contra a vontade imposta pelo PSD.

O plenário chegou mesmo a ser interrompido para que o PSD pudesse acertar a mesma posição entre todos os intervenientes mas, na hora da votação, os deputados eleitos pelo círculo da Madeira acabaram por votar a favor.

Entre eles, Sara Madruga da Costa, Rubina Berardo e Paulo Neves que agora enfrentam acusações por parte de todos os outros deputados do PSD.

Os deputados madeirenses foram informados durante a reunião desta quinta-feira que vão ser alvo de um processo disciplinar e da perda de pelouros.

Esta não é a primeira vez que os deputados da Madeira vão contra o sentido de voto do partido e são alvo de processos disciplinares.

O mesmo aconteceu com o Orçamento de Estado para 2015, proposta conjunta do próprio partido com o CDS, no qual os deputados da Madeira – na altura eram outros – votaram contra.

Ex-ministra da Justiça também vai ser alvo de processo

A ex-ministra Paula Teixeira da Cruz também será alvo de um processo disciplinar por ter votado contra o sentido de voto do partido na proposta da esquerda para revogar algumas mudanças na lei da interrupção voluntária da gravidez.

Na altura, em declarações à agência Lusa, a atual deputada do PSD disse que iria assumir as responsabilidades por ter quebrado a disciplina de voto do partido.

ZAP

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