O sujeito telefonou para um programa de rádio chileno e confessou ter executado várias pessoas durante a ditadura militar imposta por Augusto Pinochet.
Podia ser mais um de muitos telefonemas recebidos pelo “El Chacotero Sentimental”, um popular programa de rádio no Chile, quando, na passada quarta-feira, um ouvinte quis falar de uma paixão que tinha tido por uma italiana.
Porém, o caso mudou rapidamente de figura quando o homem, que se apelidou de Alberto, começou a contar que o romance nunca tinha ido para a frente por causa do serviço militar a que tinha sido obrigado.
Segundo a BBC, o ouvinte relatou, num tom descontraído e de forma detalhada, os crimes que cometeu durante a ditadura militar imposta por Augusto Pinochet.
“Chorei na primeira vez [que matei], mas o meu tenente dizia: ‘Bom soldado, bom soldado, soldado valente’. Da segunda vez gostei, era melhor do que fumar droga“, descreveu.
O antigo soldado, que terá executado mais de dez pessoas, disse ainda que muitas dos desaparecidos durante esse período ainda não foram encontrados porque os seus corpos “estão totalmente desintegrados”.
Questionado por Roberto Artiagoitía, o apresentador do programa radiofónico, o ex-militar disse ainda que não era justo ser punido, visto que só cometeu esses crimes por ter sido “obrigado”, se não era ele quem teria sido morto pelos militares por desrespeitar ordens.
Dias depois, a polícia chilena prendeu Alberto que era, na verdade, Guillermo Reyes Rammsy, um taxista de 62 anos. Foi acusado de dois homicídios, estando agora em prisão domiciliária.
O apresentador, também conhecido por El Rumpy, afirmou ao jornal Las Últimas Noticias, citada pela emissora bitânica, que o relato do ex-militar foi “arrepiante e de muita frieza”.
A ditadura de Pinochet começou em 1973 e prolongou-se até à década de 90. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas tenham sido assassinadas durante esse período.
// BBC
Mais um bom resultado do bonito serviço dos norte-americaos na América Latina!…