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Capacidade reprodutiva de doente oncológica regenerada com transplante de tecido ovárico

USN

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Uma equipa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, com êxito, o primeiro transplante em Portugal de tecido ovárico congelado, devolvendo a capacidade reprodutiva a uma doente oncológica, anunciou hoje a instituição.

“Trata-se de um grande avanço, que dá uma nova esperança aos nossos doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído e onde o nosso hospital dá um real contributo ao nosso país”, disse o presidente do CHUC, José Martins Nunes, em conferência de imprensa.

O transplante numa doente de 28 anos foi efetuado, há três semanas, no serviço de Medicina de Reprodução Humana do CHUC, dirigido pela professora Teresa Almeida Santos.

Em outubro, perante a “ausência de função ovárica”, sendo os valores hormonais de menopausa, o serviço e a doente tomaram a decisão de realizar transplante “com fragmentos do seu tecido ovárico que se encontrava crioconservado” no Centro de Preservação da Fertilidade do CHUC, disse Teresa Almeida Santos aos jornalistas.

Na semana passada, foi confirmado “o sucesso do transplante, verificando-se a recuperação da função ovárica”.

Para a chefe da equipa de médicos e biólogos que efetuou o transplante, este método, utilizado pela primeira fez em Portugal, “é uma nova esperança para os doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído”.

Com este “avanço da medicina”, que inclui o prévio congelamento (crioconservação) de tecido ovárico e gametas, os doentes “poderão numa fase posterior recriar as condições” de fertilidade.

O CHUC utiliza a técnica de criopreservação de tecido ovárico em doentes oncológicas desde 2010.

/Lusa

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